Remando a favor da educação

Escola Politeia, inaugurada nesta semana, reforça a importância da participação do aluno no processo educativo

Pensar numa escola com um ensino mais democrático, onde todos os alunos participem intensamente do processo de aprendizagem, parece ser algo bem familiar para a pedagoga Caroline Sumie Ramos, 25, a Carol. Ela e sua equipe lançam, oficialmente, neste domingo, 15, a Escola Politeia, em Perdizes. Uma experiência que juntou o trabalho do Instituto de Educação Democrática – Politeia e a Escola Teia Multicultural. A ideia da junção serve para colocar em prática aquilo que Carol acredita ser o ideal ou o próximo a isto, sob o ponto de vista da educação.

“A democracia é um dos princípios que regem a proposta pedagógica”, afirma a pedagoga. Para isso, são feitas, periodicamente, algumas ações em que educadores e alunos participam de forma integral.  A primeira delas e, talvez a principal, é promover um espaço para assembléias. É neste momento que todos têm a oportunidade de discutir as atividades cotidianas.

Destaque também para os pontos artísticos. Parte dos professores são atores, músicos ou tem alguma ligação com a arte. Por isso, ao final de cada ciclo de aprendizagem, os estudantes fazem um produto artístico, com o conteúdo aprendido.

O curioso desta nova proposta é notar que a Escola Politeia acredita que a comunidade, de uma forma em geral, pode colaborar e enriquecer nos conteúdos vistos. Aprender  português, matemática, geografia e história, pode ser muito mais divertido e interessante do que aquilo que é lido em livros comumente usados em escolas mais tradicionais.

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ASSEMBLÉIA: Alunos e professores definem rumos das aulas, em encontro democrático

Carol conta que, semanalmente, os alunos do Ensino Fundamental II (jovens entre 10 e 14 anos, aproximadamente) fazem a chamada Trilha Educativa. Saem para algum lugar da cidade e o exploram. “Os espaços se tornam centros educativos”, afirma. Estação Ciência, Galeria Olido e, até mesmo comércios próximos a escola fazem parte dos objetos de estudo.

Diferenciada é também é a metodologia de avaliação. O aluno, que em instituições comuns receberiam notas de zero a dez, na Politeia são avaliadas pelo quesito do interesse.  Se se interessam pelo conteúdo, se o desenvolveram e se não possuem interesse por ele.

Ao longo do ano de 2009, seis alunos passaram pela escola, num processo de experiência. “Eles cresceram muito durante o ano. Melhoraram o desenvolvimento social e adquiriram muita percepção do processo de aprendizagem” afirma a pedagoga.  A escola vai abrir matrículas para alunos de fora que queiram estudar  por lá. Outras informações, clique aqui