Semana do Brincar na Periferia: pelo direito à brincadeira livre
O direito da criança aos espaços públicos de cultura e lazer e à brincadeira ao ar livre é um assunto recorrente no Catraquinha (clique aqui e aqui para ler uma seleção de matérias sobre esses temas. Afinal, o pensamento cidadão começa na relação com a cidade e deve ser estimulado desde cedo. E nas periferias, qual o espaço destinado para a infância?
Com essa inquietação na cabeça, os coletivos “Aqui que a gente brinca!” e “Brincantes Urbanos” realizam a segunda edição da “Semana do Brincar da Periferia“, entre os dias 19 e 23 de outubro. A partir da próxima quarta-feira, diversos espaços da zona sul e leste de São Paulo serão ocupados por atividades de formação, oficinas e trocas de experiência sobre o tema “brincar na periferia”, que vai discutir o acesso à brincadeira e a democratização da cultura e do lazer em uma extensa programação que conta com oficinas, vivências, debates e documentários.
Para começar, na quarta-feira, dia 19, das 10h30 às 13h, tem a conversa com Bebel Barros, pesquisadora do projeto “Criança e Natureza”, que vai discutir o contexto atual da infância e sua relação com o afastamento progressivo da natureza. O bate-papo será seguido pela oficina “Tintas naturais para a arte -educação”, com Suzana Soares. Para compartilhar ideias de inserção da natureza no dia a dia das crianças e das famílias, a oficina vai ensinar como fazer tinta de elementos naturais, como beterraba, urucum e terra. Ambas as atividades serão realizadas no CEU Casablanca.
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Ainda na quarta, das 19 às 21h, acontece a mesa de debate “O espaço público da infância na periferia” com coletivos que militam pelos direitos da infância nas periferias da cidade de São Paulo. A mediação será de Silvia Tavares, coordenadora da EMEF Mario Fittipaldi- Céu Guarapiranga.
Na sexta, 21, das 13h30 às 16h30, tem a oficina “Bondades e Sacanagens- sobre como caçar Sacis” com a educadores e especialista em cultura da infância Juliana Bueno. A oficina abordará não só os aspectos materiais necessários à organização de uma caçada, mas também se propõe a refletir sobre os aspectos simbólicos desse mito no imaginário popular brasileiro.
Toda a programação é gratuita e tem o apoio, mediação e participação ativa de diversas organizações, casas de cultura e projetos pelos direitos da infância, como Instituto Alana, Mapa da Infância Brasileira, Casa de Cultura Grajaú e CEU Guarapiranga. Para encerrar, o evento conta com o “Festival de Brincadeiras de Rua”.
O evento é voltado para educadores, professores, artistas, ativistas da infância, famílias e demais interessados em repensar a relação da criança com a cidade As inscrições devem ser feitas pela internet, basta preencher um formulário de participação – clique aqui.
Para saber mais e acessar a programação completa, acompanhe o evento no Facebook.