Unificação de material didático promove a inclusão de aluno cego
J., aluno cego do 7º. ano da EEB São José, de Herval D’Oeste, em Santa Catarina, pouco participava das aulas. Ouvia o que era lido em voz alta e acompanhava os debates, mas não se envolvia. Alguns colegas até achavam que ele tinha problemas de fala. Nas aulas do contra-turno, J. trabalhava com material em braille, mas não eram os mesmos usados em sala.

Até que a professora Tânia Maria Mandial Rosa, de Língua Portuguesa, resolveu usar em suas aulas somente livros que tivessem exemplares também em braille: “Queríamos que J. fizesse as mesmas atividades que todos faziam, de forma inclusiva, e não ficasse somente ouvindo histórias que não podia ler”.
A primeira obra usada por Tânia foi Nos Bastidores do Cotidiano, de Laé de Souza, autor que doou 76 exemplares de seu livro para a escola – um em braille. O planejamento didático seguiu as etapas previstas em qualquer projeto de leitura: leitura silenciosa e em voz alta; discussão dos temas abordados; reflexão; estudos linguístico, morfológico e semântico; observação de neologismos e produção de texto. J. foi um aluno ativo em todas as propostas. Ele ainda ensinou seus colegas e os alunos de outras turmas a ler e a escrever em braille e produziu um texto que foi premiado em um concurso, posteriormente publicado em um livro de crônicas de projetos de leitura.
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