Alice Wegmann desabafa sobre distúrbio alimentar: ‘Ainda sofro’

Atriz fez relato durante participação no “Encontro com Fátima Bernardes”

Alice Wegmann no “Encontro com Fátima Bernardes”
Créditos: Reprodução/TV Globo
Alice Wegmann no “Encontro com Fátima Bernardes”

Alice Wegmann voltou a falar sobre o distúrbio alimentar que sofreu na adolescência, durante participação no “Encontro com Fátima Bernardes”, da TV Globo, nesta segunda-feira, 16. A atriz disse que luta contra um transtorno até hoje.

Aos 22 anos de idade, a protagonista de “Onde Nascem os Fortes” – novela das 23h que termina nesta noite – contou que iniciou uma dieta quando entrou na TV, aos 15 anos, e acabou perdendo o controle da situação.

“Eu desenvolvi um transtorno alimentar quando eu tinha 15 anos, então o Instagram da Miriam [Bottan, blogueira] me ajuda muito diariamente. Foi quando entrei para a televisão. Fiz oito anos de ginástica olímpica, treinava sete horas por dia, e eu tenho uma estrutura mais larga. E eu, com 15 anos, não entendia muito isso, eu queria me encaixar em algum lugar e comecei a ter problemas por causa disso, porque comecei a fazer dieta, comecei a almejar um outro corpo que eu não poderia ter porque não faz parte da minha estrutura, e estou conseguindo finalmente abrir o meu olhar sobre isso, enxergar pessoas que também passam pela mesma coisa e falar sobre isso”, detalhou.

Wegmann também admitiu que ainda se incomoda com os padrões de beleza que a fizeram entrar na dieta.

Alice Wegmann
Créditos: Reprodução/Instagram
Alice Wegmann

“Nós somos brancas, de olhos claros. Tenho total consciência do meu privilégio, mas ainda assim eu sofro com esses padrões, ainda assim eu sofro com essa pressão e, por causa disso, acabei desenvolvendo esse transtorno”, completou.

Em dezembro de 2017, Alice ficou bastante chocada com o caso da garotinha irlandesa Milly Tuomey, que cometeu suicídio aos 11 anos de idade por não gostar de seu corpo. Após saber da notícia, a artista compartilhou com seus seguidores do Instagram um drama que viveu no passado por conta dos distúrbios alimentares.

“Durante anos fiquei sem usar regata porque tinha horror aos meus ombros e braços largos – procurei vários nutricionistas, segui ‘dietas da moda’ várias vezes e isso nunca me fez feliz. Fiz oito anos de ginástica olímpica, treinava sete horas por dia, minha estrutura obviamente é larga. Aos poucos, tenho aprendido a gostar disso. Mas já deixei de sair de casa algumas vezes por insegurança. Desde os 15 vivia de dieta, e isso, num determinado momento, acarretou num distúrbio alimentar. Aí eu fui aos poucos descobrindo a quantidade de amigos que passam pela mesma situação; conheço gente com bulimia, compulsão alimentar, anorexia e por aí vai. Esse não é um post pra falar sobre dietas. Esse é um post para pedir um favor: se olhe no espelho e aprenda a se amar de verdade. Não é tarefa fácil, eu sei – a indústria é tenebrosa e faz a gente lutar arduamente contra a ‘imperfeição’. Mas o nosso corpo é a nossa história. E tem coisas na história que a gente não pode mudar. Outras, sim… mas sempre com carinho e cuidado”, alertou.