Após ser reprovada, Janaina Paschoal aposta em perseguição na USP

Professora disse que é vista na universidade como ‘conservadora’

Drª Janaina C. Paschoal, advogada criminalista e professora de direiito na Faculdade de Direito da USP
Créditos: José Luis da Conceição/OABSP
Drª Janaina C. Paschoal, advogada criminalista e professora de direiito na Faculdade de Direito da USP

Janaina Paschoal alegou “perseguição” ao saber que foi reprovada no concurso para professora titular da Universidade de São Paulo (USP).

“Não tenho como negar a perseguição, não é só política. É maior do que isso, é de valores mesmo. Eu já sabia que não teria a menor chance de ganhar pelas questões políticas, eu já esperava ser reprovada. Eles me veem como uma conservadora”, disse ao jornal “O Estado de S. Paulo”.

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Uma das autoras do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, a professora concorreu com três colegas a duas vagas de titularidade – grau mais alto da carreira acadêmica –, mas ficou em quarto lugar.

Por isso, a advogada entrou com recurso para pedir a anulação da disputa alegando que o primeiro colocado entregou um trabalho sem originalidade.

Entretanto, segundo a publicação, a instituição de ensino negou tais irregularidades no concurso.

Em setembro, por meio do Twitter, Paschoal chegou a dizer, em tom de ironia, que “ganhou em último”. Isso porque ela recebeu as notas mais baixas – entre 3,5 e 6 – de dez pontos totais.

Janaina disse ainda que a perseguição de valores que sofre é porque é “contra a legalização das drogas, do aborto, da liberação de traficantes e da abertura das prisões” e porque trata de temas que não agradam aos docentes.

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