As 10 coisas que eu odeio na noite do Rio de Janeiro

Uma parceria Vice Brasil

A internet tem uma capacidade historicamente inédita de amar ou odiar tudo e todos em intensidade faraônica (apesar de muitas vezes termos a impressão de que o Ódio Digital é muito mais valorizado que o Amor Virtual [exceto nudes]). Com isso em mente, além de um sutil desejo de provocar o tão gostoso buzz em comentários de Facebook, convidamos figuras icônicas das noites de São Paulo e do Rio para elencar o que, para eles, são os dez pecados capitais ou as dez coisas que amo em você do circuito de baladas (sim, BALADAS) das duas cidades.

 

Tentamos deixar de fora os defeitos e qualidades de cenas muito distantes do que, colonizados que somos, conhecemos por clubbing scene, tipo, os rolês sertanejos, festa de universitário, etc. Na segunda instância da série, pedimos para que um conhecido produtor da noite carioca listasse as 10 coisas que mais odeia por lá. Sob o pseudônimo Gruber Halson, ele solta todo chorume guardado em seu coração. Acompanhe.

O Rio de Janeiro é o berço do funk, tem a Lapa — o antro maior da malandragem do mundo —, uma energia foda e um povo festeiro pra caralho. E tem, talvez, o pior serviço do Brasil. Garçons, motoristas de ônibus, taxistas… O Rio de Janeiro é uma selva, todos que trabalham servindo tratam você mal.

1. Carão

Carão é a pior coisa de night. Gente que sai pra ‘ver e ser visto’ e não pra se divertir. Muita festa em clube periga ficar com uma pista paralisada (ou naquele leve balancê da galera ajeitando o cabelo bebendo drink no canudinho). Eu particularmente acho que boate é um ambiente hostil pra quem quer socializar: som alto pra caralho e escuro! Clube foi feito pra dançar, ficar muito doido — ou pras pessoas que já são soltas por natureza, simplesmente, dançar.

2. A social

Mais um sintoma de uma cena que põe o status social acima do interesse cultural: pessoas julgando outras por coisas tão pequenas. Como “Ai, ele é estranho, às vezes me cumprimenta, às vezes não — não entendo”. Amigo, se o cara quer entrar na boate, pegar um drink e ir direto pra pista bater cabeça, essa é a onda dele. Não precisa entender. Apenas deixe ser.

3. Produção nas coxas

O nível de profissionalismo do carioca em geral é uma desgraça. Organização e compromisso são coisas muito raras na indústria da night — especialmente na night alternativa. O rolê playboy seria ‘pior’ no aspecto cultural, mas é muito melhor no lado de estrutura, afinal movimenta mais grana, e grana é aquela coisa né, faz acontecer! Sobe o nível em vários aspectos: som, bar, infra-estrutura, cachês, etc.

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