BBB 22: Viny expõe agressão física por homofobia
O brother fez Eliezer chorar com relato de violência
Em conversa com Eliezer no BBB 22, Viny relatou episódios de violência e homofobia vividas no nordeste brasileiro. O cearense contou que foi agredido mais de uma vez.
“E a dor não é nem a dor física, a dor lá dentro. Me bateram, mas já aconteceu pior com muita gente. Muito pior”, disse.
“Imagina quem não tem uma família para acudir, ou quem é colocado pra fora de casa. Isso só em relação à orientação. Imagine cor, classe.”
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Eliezer questionou por qual motivo não fez um Boletim de Ocorrência (BO). Viny afirmou que não adiantaria.
“Você, Eliezer, não vai saber o que é ter medo de andar na rua. Por exemplo, atravessar a rua para ir comprar um pão. Você não sabe como é.”
No início do reality, Vyni chorou ao relembrar da homofobia que enfrentou na igreja. Em seu relato, o participante falou sobre o preconceito que sofreu de pessoas que faziam pregação dos cultos.
“Até hoje isso me dói. Eu não espero nada de ninguém. Só por isso eu nasci condenado ao inferno?”, questionou.
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Homofobia é crime!
Em junho de 2019, o Supremo Tribunal Federal decidiu que o crime de homofobia deve ser equiparado ao de racismo. Os magistrados entenderam que houve omissão inconstitucional do Congresso Nacional por não editar lei que criminalize atos de homofobia e de transfobia. Por isso, coube ao Supremo aplicar a lei do racismo para preencher esse espaço.
Como denunciar pela internet
Em casos de homofobia em páginas da internet ou em redes sociais, é necessário que o usuário acesse o portal da Safernet e escolha o motivo da denúncia.
Feito isso, o próximo passo é enviar o link do site em que o crime foi cometido e resumir a denúncia. Aproveite e tire prints da tela para que você possa comprovar o crime. Depois disso, é gerado um número de protocolo para acompanhar o processo.
Há aplicativos que também auxiliam na denúncia de casos de homofobia. O Todxs é o primeiro aplicativo brasileiro que compila informações sobre a comunidade, como mapa da LGBTfobia, consulta de organizações de proteção e de leis que defendem a comunidade LGBT.
Pelo aplicativo também é possível fazer denúncias de casos de homofobia e transfobia, além de avaliar o atendimento policial. A startup possui parceria com o Ministério da Transparência-Controladoria Geral da União (CGU), órgão de fiscalização do Governo Federal, onde as denúncias contribuem para a construção de políticas públicas.
Com a criminalização aprovada pelo STF, o aplicativo Oi Advogado, pensado para conectar pessoas a advogados, por exemplo, criou uma funcionalidade que ajuda a localizar especialistas para denunciar crimes de homofobia.
Delegacias
Toda delegacia tem o dever de atender as vítimas de homofobia e de buscar por justiça. Nesses casos, é necessário registrar um Boletim de Ocorrência e buscar a ajuda de possíveis testemunhas na luta judicial a ser iniciada.
As denúncias podem ser feitas também pelo 190 (número da Polícia Militar) e pelo Disque 100 (Departamento de Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos).