Bonner dá alfinetada em pedido do PL para anular 250 mil urnas das eleições
O apresentador do "JN" ironizou a contestação do partido de Bolsonaro em relação ao resultado do 2º turno; veja vídeo
William Bonner ironizou o pedido do PL (Partido Liberal) para anular os votos do segundo turno das eleições 2022 de urnas fabricadas até 2020. O apresentador do “Jornal Nacional” afirmou que “chama atenção” o partido do presidente Jair Bolsonaro não pedir anulação dos resultados do primeiro turno, quando saiu vitorioso.
O PL entrou nesta terça-feira, 22, com uma ação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para anular os votos especificamente para Presidência da República. No entanto, o partido de Bolsonaro não apresentou provas concretas de qualquer tipo de fraude.
“Chama atenção no relatório, o fato do PL não ter pedido a invalidação das mesmas urnas que foram usadas no primeiro turno. Quando o PL elegeu a maior bancada da Câmara de Deputados e também foram eleitos 27 senadores e os governadores de 14 estados e do Distrito Federal”, disse Bonner.
WILLIAM BONNER: “Chama a atenção no relatório do PL, partido de Bolsonaro, o fato da sigla não ter pedido a invalidação das mesmas urnas usadas no 1º turno, quando o PL elegeu a maior bancada da câmara e também quando foram eleito 27 senadores e os governadores de 14 estados.” pic.twitter.com/jOvwZ8CdrD
— CHOQUEI (@choquei) November 23, 2022
Sua colega de bancada, a jornalista Renata Vasconcelos, reforçou a confiabilidade das urnas eletrônicas após diversos testes. “Essas análises foram realizadas interna e externamente envolvendo especialistas de diversas áreas”, disse a apresentadora.
“Após as eleições, entidades fiscalizadoras nacionais e observadores internacionais já atestaram a integridade e segurança das urnas”, complementou.
Lula foi eleito presidente do Brasil no dia 30 de outubro com 50,90% dos votos válidos. Jair Bolsonaro (PL) recebeu 49,10% dos votos válidos e não conseguiu se reeleger.
Pedido do PL para anular 2 turno
A representação enviada ao TSE, o PL cita um laudo técnico de auditoria feita pelo Instituto Voto Legal (IVL), e que contestou “evidências contundentes de mau funcionamento de urnas eletrônicas”. Os modelos UE2009, UE2010, UE2011, UE2013 e UE2015 somam mais de 250 mil urnas usadas nessas eleições.
O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, pediu para que Valdemar Costa Neto, presidente do PL, apresente também os dados referentes ao primeiro turno das eleições em até 24 horas. Segundo Moraes, as urnas citadas pela legenda também foram usadas na votação de 2 de outubro.
A segurança das urnas foi assegurada por diversas instituições brasileiras e internacionais. No começo do mês, o Ministério da Defesa enviou ao TSE o relatório produzido pela equipe técnica das Forças Armadas sobre a fiscalização da urna eletrônica. O documento não apresentou nenhuma irregularidade no processo eleitoral.