Carlos Alberto Sardenberg está de saída da TV Globo
"Passei a maior parte de minha carreira, na escrita e na eletrônica, trabalhando à noite. Isso acumula um cansaço", disse o jornalista
O jornalista Carlos Alberto Sardenberg, que fazia comentários sobre política e economia no Jornal da Globo e na GloboNews, deixou a emissora nesta quinta-feira, 10. O profissional, porém, continua na rádio CBN e no jornal “O Globo”, que também são do Grupo Globo.
Em comunicado, o diretor-geral de jornalismo da Globo, Ali Kamel, elogiou Sarda (como é conhecido entre os colegas de trabalho) e relembrou o momento que ele retornou à redação depois de um período de isolamento em decorrênciada pandemia de covid-19.
“Durante a pandemia de covid, Sardenberg teve de se afastar da Redação, mas seus comentários seguiram firmes de casa, tanto na GloboNews quanto no JG [Jornal da Globo]. Quando retornou ao trabalho presencial, abraçou cada colega emocionado. E esse é um ponto que sobressai na saudade que sentiremos. O Sarda é um colega espetacular, tem sempre uma história engraçada para contar e um olhar fraterno sobre o outro. Um ser humano extraordinário. Pronto para ajudar e compartilhar suas experiências de vida, dentro e fora das redações. Deixou nossas noites e madrugadas mais leves. E, generoso, continuará a compartilhar conosco o melhor do jornalismo em O Globo e na CBN”, disse o diretor geral de jornalismo, Ali Kamel.
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Carlos Alberto Sardenberg entrou para a equipe da GloboNews em 1998, porém só teve suaestreia na TV aberta em 2006, quando foi convidado pelo então editor-chefe do Jornal da Globo, Erick Bretas, para assumir uma coluna de economia no telejornal.
Comunicado Sandenberg
“Tenho planos, claro: continuo na CBN (ancorando o CBN Brasil) e com minha coluna em O Globo. De modo que é aposentadoria parcial. Motivo: meus 76 anos, 53 de carreira, a necessidade de reduzir o ritmo de trabalho. Passei a maior parte de minha carreira, na escrita e na eletrônica, trabalhando à noite. Isso acumula um cansaço.
Agora, terei todas as noites livres e praticamente todas as tardes. Além da CBN e coluna no Globo, tenho planos de escrever dois livros, um sobre luto, perdas e outro com memórias dos anos 68, de que participei intensamente. E, claro, viajar mais, ler mais e, sobretudo, curtir as duas netas e os três netos.
A saída foi cuidadosamente negociada. Manifestei meu interesse ao Ali e ao Ricardo Villela faz algum tempo. Entenderam meus motivos. Combinamos ficar até as eleições. E é isso. A casa foi muito correta na saída. Diria, mesmo, bastante generosa”.