Casagrande dá melhor resposta ao encontro de Marcelinho Carioca com Bolsonaro

"Essa camisa representa liberdade e democracia, e nenhum ex-jogador tem o direito de representar o clube politicamente", disse o comentarista esportivo

31/07/2020 09:46

Após encontro do ex-jogador do Corinthians, Marcelinho Carioca, com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o também ex-jogador alvinegro e comentarista esportivo da Rede Globo, Walter Casagrande, detonou a atitude de Marcelinho, e disse que a camisa corintiana representa e sempre representou o lado da democracia.

Casagrande detona Marcelinho Carioca após encontro com Bolsonaro
Casagrande detona Marcelinho Carioca após encontro com Bolsonaro - reprodução

“Eu cheguei em 1975 no Corinthians, comecei minha vida lá. Corintiano de garoto, cheguei para jogar nas categorias de base do Corinthians. Em 1979, a torcida do Corinthians abriu uma faixa no Pacaembu dizendo ‘Anistia para os presos políticos e exilados políticos’. Até 1985, essa camisa era da democracia corintiana, essa camisa representa liberdade e democracia. E nenhum ex-jogador tem o direito de representar o clube politicamente. Eu também não tenho. Isto aqui [a camisa] é democracia. Isto aqui sempre foi democracia”, disse o jogador.

https://twitter.com/EzequielBitenc6/status/1288703716657430533

Na última quarta-feira, 29, Marcelinho Carioca esteve em Brasília, onde entregou uma camisa oficial do Corinthians nas mãos de Bolsonaro. Posou junto com o presidente para fotos, gravou um vídeo em apoio ao Governo e ainda debochou da democracia corintiana. “Nação corintiana, aqui ó: o nosso presidente Jair Messias Bolsonaro com a camisa do Coringão! Isso que é democracia! Isso é defender a MP do Futebol! Isso é valorizar o futebol feminino!”, disse o ex-jogador.

“Você vê? Isso que é lindo! (Bolsonaro) é palmeirense, mas quer que todos os clubes tenham a liberdade de poder fazer os seus jogos, poder trazer os craques de volta para o nosso país e abrilhantar o nosso futebol! Presidente, que honra o senhor me receber aqui no Palácio”, acrescenta, no momento em que é saudado por Bolsonaro: “a honra é toda minha, Marcelinho”.

Após a repercussão negativa do encontro de Carioca com Bolsonaro, o ex-jogador perdeu o posto de embaixador da parceria entre o Corinthians e o banco BMG, patrocinador master do clube.