Cientistas decodificaram um sinal de rádio que viajou pelo Universo há 10 bilhões de anos
Rajada rápida de rádio viaja 10 bilhões de anos até a Terra
Cientistas detectaram um rádio sinal cósmico que viajou pelo universo por aproximadamente 10 bilhões de anos antes de chegar à Terra. Esse fenômeno é classificado como uma rajada rápida de rádio, conhecida como FRB (Fast Radio Burst).
Apesar de durar apenas alguns milissegundos, a energia liberada é equivalente a vários dias de emissão do Sol, o que torna esse evento extremamente relevante para a astronomia.

O que é uma rajada rápida de rádio?
As rajadas rápidas de rádio são pulsos de energia que cruzam o espaço em velocidades altíssimas. Ainda não totalmente compreendidas, elas intrigam os cientistas por carregarem pistas sobre o universo primitivo.
Entre as principais características dessas explosões estão:
- Duração curtíssima, medida em frações de segundo.
- Liberação de energia comparável à do Sol em vários dias.
- Capacidade de atravessar bilhões de anos-luz até alcançar a Terra.
De onde veio esse sinal cósmico?
O sinal foi identificado inicialmente pelo radiotelescópio MeerKAT, localizado na África do Sul. Posteriormente, o telescópio espacial James Webb confirmou a galáxia de origem.
Essas observações permitem estudar não apenas a fonte do sinal, mas também as regiões cósmicas atravessadas durante sua longa jornada até o nosso planeta.

O que pode gerar uma rajada rápida de rádio?
A hipótese mais aceita é que as FRBs sejam produzidas por magnetars, estrelas de nêutrons altamente magnéticas formadas após explosões estelares. Esses objetos têm campos magnéticos tão intensos que afetam a matéria e a energia ao redor.
Ao interagir com gases ionizados no espaço, o sinal transporta informações que ajudam a decifrar os processos cósmicos de larga escala.
- Os magnetars surgem após a morte de estrelas massivas.
- Seus campos magnéticos são trilhões de vezes mais fortes que os da Terra.
- São considerados laboratórios naturais para o estudo da física extrema.
Por que esse achado é importante para a ciência?
A análise de sinais tão antigos permite compreender melhor a composição do universo em épocas remotas. Cada rajada traz consigo vestígios das partículas e campos magnéticos encontrados ao longo do caminho.
Assim, os FRBs não apenas ampliam o conhecimento sobre estrelas e galáxias, mas também oferecem uma janela única para estudar a evolução do cosmos.
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