Conto erótico: Não quero só sexo

Conto escrito por Josias Gonçalves, colunista do Superela. 

Foi uma merda de dia. Meu chefe só poderia estar fodido pela vida, para ter que me fazer trabalhar até às 21h. Eu tinha começado às 7h da manhã, tem noção disso? Estava indo pra casa, andando com um vento gélido em minha nuca. Cambaleando pelas tantas doses de… Nem lembro que diabos foi que eu havia tomado. Apesar de toda dose etílica correndo em meu sangue, me lembro perfeitamente de você. Parecia que seu dia tinha sido igual ou tão pior quanto o meu.

Eu a vi entrar no bar com a cara não muito das boas. Disposta a beber também. Então a segui e entrei naquele ambiente. Um lugar um pouco escuro, com as luzes fracas, bom pra beber todas. Eu não queria mais beber, só queria me aproximar de você, não sabia ainda o porquê, só sabia que queria. Sentei um pouco distante ao balcão. Fiquei observando, assim como eu, já estava levemente alterada. Me aproximei e comecei com um daqueles papos fúteis de balcão: “Dia difícil, né?” Você só me respondeu com um sim. Eu queria mais, agora minha mente já estava fantasiando coisas que eu queria com você.

Fui insistindo e querendo saber mais em como tinha sido o seu dia. E logo o papo já dava espaço para risadas. Entre nossos cambaleios a beira do balcão e olhos murchos, pelo efeito da bebida. E sem que você esperasse e eu também, logo falei: “Quero te comer”. Foi assim: direto, sem nenhum “me interessei em você” ou um “vamos para um lugar mais reservado para conversar”. Eu queria te comer e não sexo. Sexo, só é sexo na palavra. Porque entre quatro paredes é fodida, trepada, foda, comida, tem gozo e tem tudo o que tiver direito para extravasar o tesão.

Você me olhou, ao ouvir o que eu acabara de dizer com uma cara de: “Como é que é? Acabou de me conhecer e já diz isso logo de cara”. Mas você não disse isso, olhou para o lado, depois se voltou pra mim e disse: “É, e por que não né? Já estamos fodidos então vamos terminar o dia fodendo. E eu não sei se é a bebida, mas eu estou te achando delicioso”. A peguei pelas mãos e saímos logo dali, por sorte havia uma pousada ali naquele quarteirão. Fizemos o check-in, peguei logo as chaves do quarto e corremos para o quarto, como se fôssemos duas pessoas que não fodiam há anos.

Nem bem acabamos de entrar e te pressionei contra a parede. Nos beijávamos loucamente a ponto de lascar os dentes. Eu começava a tirar sua blusa, botão por botão, o que aumentava meu tesão. E então você começou a me acariciar, segurou meu pau com tanta destreza e vontade, que meu corpo gelou. Parei de tentar tirar sua blusa e deixei que continuasse o que estava fazendo. Num movimento forte você abriu minha camisa, com tamanha brutalidade que fez com que os botões estourassem e se perdessem pelos cantos do quarto.

Desceu até minha cintura arranhando a pele de meu peito com as unhas e mordendo minha barriga. Logo você terminou de baixar minha calça e o abocanhou com vontade.

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