CPM 22 anuncia saída de Japinha após conversa vazada com fã de 16 anos
Baterista teve conversa com menina que disse ter 16 anos vazada nas redes sociais
O CPM 22 anunciou a saída definitiva do baterista Japinha da banda nesta segunda-feira,17. O músico, de 46 anos, já estava afastado do grupo desde junho, quando foram vazadas conversas dele com uma fã de 16 anos.
Em nota publicada nas redes sociais, o grupo diz que a ‘conduta do músico não condiz com o que acreditamos’.
“Depois de sermos surpreendidos com o teor das questões relacionadas ao nosso baterista Ricardo Japinha, tentamos entender realmente o que significava tudo isso e chegamos à conclusão que esse tipo de conduta NÃO condiz com o que acreditamos e com o que a banda defende”, diz o comunicado assinado por Badaui no perfil do Instagram do CPM 22.
Ricardo Di Roberto fez parte do grupo paulistano CPM 22 durante 21 anos. Ele entrou na banda em 1999, quatro anos depois de sua formação, e tocou em todos os sete álbuns de estúdio do grupo.
Entenda o caso
O caso veio à tona no começo em 4 de junho após as mensagens de com teor sexual de Japinha com uma fã de 16 anos terem sido vazadas no perfil “Exposed emo”, no Twitter, de forma anônima.
O músico afirmou a veracidade da conversa e disse que ela ocorreu em 2012, quando ele tinha 38 anos. No print vazado, Japinha pergunta se a jovem “já fez amor” e faz alguns elogios a ela.
Como denunciar casos de abuso infantil e como orientar a criança
Diariamente, crianças e adolescentes são expostos à violência sexual. Até abril de 2019, o Disque 100 recebeu mais de 4 mil denúncias de abuso infantil em todo o Brasil, mas sabemos que esses dados não estão nem perto da realidade, uma vez que ainda é difícil ter estatísticas que realmente abranjam o problema de forma real.
Tipos de abuso infantil
É importante lembrar que abuso sexual, violência sexual e pedofilia são coisas distintas. Segundo o Programa Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes:
Pedofilia: Diz respeito aos transtornos de personalidade causados pela preferência sexual por crianças e adolescentes. O pedófilo não necessariamente pratica o ato de abusar sexualmente de meninos ou meninas.
Violência Sexual: A violência sexual praticada contra crianças e adolescentes é uma violação dos direitos sexuais porque abusa e/ou explora do corpo e da sexualidade de garotas e garotos. Ela pode ocorrer de duas formas: abuso sexual e exploração sexual (turismo sexual, pornografia, tráfico e prostituição).
Abuso sexual: Nem todo pedófilo é abusador, nem todo abusador é pedófilo. Abusador é quem comete a violência sexual, independentemente de qualquer transtorno de personalidade, se aproveitando da relação familiar (pais, padrastos, primos, etc.), de proximidade social (vizinhos, professores, religiosos etc.), ou da vantagem etária e econômica.
Exploração sexual: É a forma de crime sexual contra crianças e adolescentes conseguido por meio de pagamento ou troca. A exploração sexual pode envolver, além do próprio agressor, o aliciador, intermediário que se beneficia comercialmente do abuso. A exploração sexual pode acontecer de quatro formas: em redes de prostituição, de tráfico de pessoas, pornografia e turismo sexual.
Como denunciar
Há algumas formas de denunciar casos de violência sexual a menores de idade:
Disque 100
Como nos casos de racismo, homofobia e outras violações de direitos humanos, qualquer cidadão pode fazer uma denúncia anônima sobre casos abuso infantil pelo Disque 100. A denúncia será analisada e encaminhada aos órgãos de proteção, defesa e responsabilização em direitos humanos, respeitando as competências de cada órgão.
Aplicativo Proteja Brasil
Depois de instalar o aplicativo gratuito em seu celular, o usuário rapidinho, respondendo um formulário simples, registra a denúncia, a qual será recebida pela mesma central de atendimento do Disque 100. Se quiser acompanhar a denúncia, basta ligar para o Disque 100 e fornecer dados da denúncia.
Ouvidoria Online
O usuário preenche o formulário disponível aqui e registra a denúncia, a qual também será recebida pela mesma central de atendimento do Disque 100. Se quiser acompanhar a denúncia, basta ligar para o Disque 100 e fornecer dados da denúncia.