Drica Moraes fala sobre homem que doou medula: ‘Salvou minha vida’
Em 2010, a atriz foi diagnosticada com leucemia e a compatibilidade com um desconhecido salvou sua vida; Foram cinco anos para finalmente conhecer o doador
Foi ao ar na última terça-feira, 20, a entrevista com a atriz da Globo, Drica Moraes, para o programa “Conversa com Bial”. No bate-papo, ela falou sobre o encontro com o homem que doou a medula óssea para ela em 2010, quando estava uma luta contra a leucemia.
Drica relatou que nenhum dos seus irmãos biológicos era compatível para fazer a transplante de medula óssea, mas Adílson, um mato-grossense desconhecido até então para a artista, sim. Foram cinco anos de burocracia com cartas de intenção para que ela tivesse autorização para conhecer o doador.
“Não tinha roteirista para escrever essa história. Eu não sabia o que dizer. Ele falou: ‘Você tá bem, filha?’ E eu respondi: ‘Eu estou bem. E você salvou a minha vida. Qual o seu nome?'”, disse Drica Moraes sobre a primeira vez que conversou com o doador, via telefone.
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Numa entrevista dada ao Lázaro Ramos em 2017, a atriz já tinha falado um pouco sobre o doador que mudou sua vida. “Eu fui salva por uma pessoa do interior do Mato Grosso, eletricista, que virou meu amigo, meu irmão”.
Segundo a global, o doador tinha se inscrito no Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea). Ele estava fazendo uma especialização de jangada em um rio próximo de casa, quando uma equipe do Sistema Único de Saúde (SUS) passou no lugar e realizou a inscrição. “Um milagre da vida, muito legal o jeito que as coisas acontecem”, disse à época.
Sob Pressão
Durante a atração, ela também elogiou os médicos e enfermeiros que estiveram à frente dos cuidados dela no hospital. “Toda essa rede de profissionais da saúde, que precisa ser valorizada, e que não está sendo valorizada, eles que me salvaram”, avalia.
Drica interpreta uma médica na série “Sob Pressão”, e ela chegou a fazer uma participação no especial “Plantão Covid”, exibido há poucos dias. Diferentemente dos outros atores, ela teve que gravar de casa.
“Eu me senti um pouco triste de não estar em campo”, confessa. “Eu sou do grupo de risco e houve toda uma preocupação comigo. E eu fiquei muito feliz de que houvesse essa preocupação”, contou.
Mesmo tendo passado por poucas e boas na saga para se curar, ela consegue enxergar a vida de forma positiva. “Eu tenho fé no amor que eu deposito nas coisas, eu tenho fé no amor que eu deposito na minha vida, no meu filho, na construção de qualquer coisa que eu boto a mão”, afirmou. “Eu tenho fé de que o amor, a falta de preconceito e o afeto possam mudar o Brasil, o planeta, o mundo e as outras vidas, se houverem”, finaliza.
Confira um trecho da conversa:
Leucemia
A leucemia é um tipo de câncer maligno, que causa o acúmulo de células doentes na medula óssea, substituindo as saudáveis. É uma doença dos glóbulos brancos (leucócitos), e muitas vezes, sua origem é desconhecida.
Dados recentes do Instituto Nacional do Câncer (INCA) mostram que o número de casos novos de leucemia para o país no ano de 2020 será de 5.920 ocorrências em homens e 4.890 em mulheres, totalizando 10.810. Já em relação às mortes, o último levantamento de 2017 do instituto revelou 4.795 óbitos no Brasil decorrentes da doença.
Os tipos de leucemia de crescimento rápido podem causar sintomas que envolvem fadiga, perda de peso, infecções frequentes e sangramento fácil.
O tratamento pode variar de paciente para paciente. Mas, para leucemias de crescimento lento, o tratamento pode incluir o monitoramento. Já para leucemias agressivas, o tratamento inclui quimioterapia, que, às vezes, é seguida por radioterapia e transplante de células-tronco.