BBB 22: Entenda o motivo do termo ‘traveco’ ser pejorativo
Saiba o porquê não usar nunca mais o termo quando estiver se referindo a pessoas trans e travestis
Na noite da última quinta-feira, 20, Rodrigo Mussi incomodou os colegas ao usar um termo “traveco” para se referir a travestis. O brother falou que não conseguia esquecer a história de Eliezer sobre “o p*nto de um ‘traveco'”.
O comentário dele foi agilmente repreendido e Scooby e Vyni aconselharam Rodrigo falar com Linn da Quebrada e pedir para ela explicar os motivos do termo ser pejorativo.
No confessionário, Vyni comentou sobre a conversa que teve com Rodrigo e disse que “é conversando que a gente aprende.”
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Nesta sexta-feira, 21, Rodrigo seguiu o conselho e foi questionar Linn sobre o que ela achava sobre o termo. Linn foi bem incisiva.
“Não pode mais ser aceito como normal mas eu achava que era. Eu soltei uma palavra que você tem lugar de fala para me ajudar. Falei a palavra traveco, daí vim aqui perguntar para você se era ofensivo”, comentou Rodrigo.
“Traveco é utilizado nesse lugar pejorativo. Acho que a gente até sabe mas também não se ligue porque isso acaba se tornando um hábito de se referir. Sim, porque é pejorativo”, afirmou Linn da Quebrada.
As administradoras das redes sociais – que também são travestis – confirmaram a explicação de Linn da Quebrada sobre o termo “traveco”.
O que é ser travesti?
Para começo de conversa, você precisa entender que travestis são pessoas que não se identificam com o gênero que nasceram. É um gênero exclusivamente feminino, mas travestis têm um identidade própria. Por tanto, a pessoa pode não se identificar como mulher, mesmo que aparente ser mais feminina. Linn da Quebrada já mandou o discurso pronto na dinâmica de grupo: “Não sou homem, não sou mulher, sou travesti”.
Em sua fala, Linn disse uma mensagem importante: você pode e deve usar o termo travesti para se referir a elas. Por muitos anos, essa palavra passou a ser relacionada à marginalização e a prostituição. Porém, atualmente ela vem ganhando um novo significado, que carrega luta por igualdade e dignidade.
E como fica tudo isso dentro da Língua Portuguesa?
Vamos a outro ponto, a etimologia da palavra “traveco”. Na língua portuguesa, o diminutivo “eco” geralmente acrescenta uma conotação pejorativa e negativa ao sentido da palavra.
Além disso, o termo invalida uma luta de anos das pessoas trans e travestis em prol de conseguir respeito. Em suas rodas de conversas, não use “traveco” para se referir a elas. Troque por, exemplo, por LGBTQIA+ ou, simplesmente, por travesti. Na dúvida, sempre questione qual pronome e de qual forma a pessoa deseja ser chamada.
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