Esposa de Arlindo Cruz fala de quadro irreversível do marido

Família perdeu as esperanças na recuperação do cantor, que sofreu um AVC há 5 anos

23/07/2022 15:49

Em entrevista ao canal Vipei, no YouTube, Babi Cruz, esposa de Arlindo Cruz, falou sobre o estado de saúde do marido. Ela comentou que acredita em milagres, mas confessou não ter nenhuma esperança de que o marido volte a levar uma vida normal.

O sambista sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) em 2017. Na época, ele ficou internado por um ano e três meses e ainda hoje precisa de cuidados médicos e da família.

Arlindo Cruz sofreu um AVC há 5 anos
Arlindo Cruz sofreu um AVC há 5 anos - Reprodução/Instagram @floracruzoficial

“A pessoa entrou no chuveiro compondo um samba. Eu estava do lado montando uma mala. Ele estava cantando no chuveiro, eis que ele parou de cantar e eu ouvi um barulho. Falei: ‘Que barulho é esse, Arlindo?’. Ele não respondeu”, lembra Babi.

Ela também disse que não tem mais expectativa do reversão do quadro do sambista.

“Não tenho, absolutamente nenhuma [expectativa]! Já tive. Muito duro dizer isso, mas não tenho. Acabou.  Agora é outra história, outro papo, outra realidade. Agora é dar qualidade de vida para ele, cuidar dele, e é isso”, desabafou.

Esposa de Arlindo Cruz conta os momentos difíceis que viveu no início da recuperação do marido
Esposa de Arlindo Cruz conta os momentos difíceis que viveu no início da recuperação do marido - reprodução/YouTube

Segundo ela, Arlindo consegue entender algumas coisas. “Ontem, contei para ele que o Império Serrano será o primeiro a entrar na avenida no carnaval. Ele entende, mas não esboça reação”, disse chorando.

Ela também falou sobre a opinião dos médicos que acompanham Arlindo. “A neurologia não é certa e nem dá certeza. É caso a caso. O Arlindo passou muito as expectativas. Tinha dias que o médico falava pra mim: ‘Babi, chama seus filhos que ele não passa dessa noite’. Eu dizia: ‘ele passa dessa, da próxima'”, lembrou.

De acordo com Babi, o marido teve um AVC hemorrágico no tálamo, que é uma parte nobre do cérebro, que não é possível de ser operada. “Tem que tentar cuidar ao redor, mas no tálamo a cirurgia é fatal”, disse.

“Só 17% das pessoas chegam ao hospital. Outras são morte súbita. Depois, as estatísticas vão sendo piores e ele passou por todas”, comentou.