Ex-repórter da Globo sofre ataques homofóbicos e desabafa
Jornalista postou uma foto dando selinho na esposa durante a Virada do ano e recebeu chuvas de comentários preconceituoso e mais de 5 mil unfollows
A ex-repórter do Mais Você, da TV Globo, Nadia Bochi, sofreu duros ataques homofóbicos após aparecer em uma foto na Virada do ano dando um selinho na esposa, a influenciadora de moda Silvia Heinz.
Silvia publicou uma foto em que elas dão um selinho para comemorar o Ano-Novo no último domingo, 1º de janeiro. Logo depois, a influenciadora e a ex-repórter da Globo receberam ataques homofóbicos e “uma chuva de unfollow”, perdendo mais de 5.000 seguidores em poucos minutos.
O relacionamento entre elas nunca foi uma surpresa, já que sempre publicaram fotos juntas e exaltaram seu amor nas redes.
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O casal deletou as mensagens agressivas e bloquearam palavras que pudessem causar gatilhos. Elas pensaram em sair momentaneamente das redes sociais, mas decidiram se manifestar para colaborar com a luta contra o preconceito. Após denunciarem o caso nas redes sociais, receberam mensagens de apoio em uma “rede sororidade”.
Veja o que Nadia publicou em seu Instagram:
“Essas fotos de amor geraram homofobia. Desde que a minha esposa @silviahenz postou dois dias atrás recebemos mensagens homofóbicas e cancelamento de milhares de seguidoras. Ficamos tristes, pensando em como um gesto de carinho pode gerar tamanha aversão. Não encontramos muitas respostas. O que vc faria se fosse com você?
Decidi repostar e partilhar o que aconteceu com vocês.
Sonho que nesse ano ainda haja espaço pra que o amor seja apenas amor.
Obrigada pelo carinho recebido por todos que nos mandaram mensagens de apoio e partilharam esse ataque. Que possamos nos unir, pois o silêncio só beneficia os agressores. Se vc sofre, ou já sofreu homofobia, denuncie! E se vc conhece alguém que sofreu, apóie, abrace! Acreditamos na paz e vamos seguir firmes exercendo o direito de amar com liberdade!”
Saiba o que fazer e como denunciar casos de homofobia
Com uma morte a cada 23 horas de uma pessoa LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, trans e travestis) e no topo do ranking de mortes de transexuais, é inegável que exista homofobia e transfobia no Brasil.
Esses números, que já são assustadores, podem ser ainda piores! Isso porque não há informações estatísticas governamentais sobre tais mortes e os dados são obtidos pelo Grupo Gay da Bahia (GGB).
Denunciar a homofobia se faz extremamente necessário para ajudar a Justiça a contabilizar o número de casos que acontece no Brasil, além de punir os agressores. Saiba como denunciar homofobia aqui.