Funkeira publica série de fotos para denunciar agressões físicas
"Sempre me calei, anos apanhando calada, mas agora não vou me calar mais", escreveu a artista
ALERTA GATILHO!
A funkeira MC Bragança denunciou em suas redes sociais que sofre agressões físicas há dois anos. Ela publicou uma série de fotos e vídeos em seu Instagram com o rosto ferido e disse que não vai mais aceitar a violência. “Eu não vou mais aceitar isso. Sempre me calei, anos apanhando calada, mas agora não vou me calar mais”, escreveu.
As imagens publicadas na rede social mostram ferimentos na boca, nos olhos e hematomas na área das bochechas. Em um dos vídeos, ela aparece e com o rosto muito machucado.
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Apesar de tornar pública a situação, a artista, que é conhecida pelos hits “Todo Cachorro” e “Grupinho”, não revelou quem a identidade do agressor. MC Bragança é seguida por mais de 1,4 milhão de fãs no Instagram.
Como denunciar violência doméstica?
Os casos de violência doméstica que viram processos no Poder Judiciário começam em diferentes canais do sistema de justiça, como delegacias de polícia (comuns e voltadas à defesa da mulher), disque-denúncia, promotorias e defensorias públicas.
É ou conhece alguém que sofre qualquer tipo de violência? Saiba onde e como denunciar:
Disque 180
O Disque-Denúncia foi criado pela Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM). A denúncia é anônima e gratuita, disponível 24 horas, em todo o país. Os casos recebidos pela central são encaminhados ao Ministério Público.
Disque 100
O serviço pode ser considerado como “pronto socorro” dos direitos humanos pois atende também graves situações de violações que acabaram de ocorrer ou que ainda estão em curso, acionando os órgãos competentes, possibilitando o flagrante. O Disque 100 funciona diariamente, 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados.
As ligações podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem gratuita, de qualquer terminal telefônico fixo ou móvel (celular), bastando discar 100.
Polícia Militar (190)
A vítima ou a testemunha pode procurar uma delegacia comum, onde deve ter prioridade no atendimento ou mesmo pedir ajuda por meio do telefone 190. Nesse caso, vai uma viatura da Polícia Militar até o local. Havendo flagrante da ameaça ou agressão, o homem é levado à delegacia, registra-se a ocorrência, ouve-se a vítima e as testemunhas. Na audiência de custódia, o juiz decide se ele ficará preso ou será posto em liberdade.
Atenção ao protocolo policial! O atendimento presencial de um chamado depende de muitos fatores, como a disponibilidade de uma viatura no momento e uma avaliação da gravidade da situação. A ameaça à vida e à integridade física de alguém são sempre prioridade em relação a outros chamados, por isso, é importante explicar exatamente o que está ocorrendo quando solicitar o atendimento ao 190. Fale se já ouviu outras discussões antes e ligue mais vezes caso a viatura demore a aparecer.