Glamour Garcia fala pela 1ª vez sobre denunciar o ex
Atriz disse que não queria tornar o assunto público, mas que pensou em como a impunidade pode ser pior nestes casos
Glamour Garcia quebrou o silêncio e comentou, por meio de stories no Instagram, sobre as agressões que sofreu do ex-namorado, Gustavo Dagnese. A atriz, que ganhou destaque como a Britney de ‘A Dona do Pedaço’, começou pedindo desculpas a seu público.
“Venho primeiro me retratar com meu público com um possível entendimento de intolerância religiosa da minha parte. Acabei me voltando contra os objetos pessoais, contra meu ex-companheiro, para me proteger das agressões dele”, disse ela.
A artista se desculpou por ter arrebentado a guia (colar religioso) do ex, o que teria contribuído para que o “comportamento agressivo” continuasse.
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“Com isso, abriu-se o precedente para que continuasse o comportamento agressivo e abusivo dele. Por isso, eu me manifestei do jeito que foi porque estava muito revoltada”, explicou. “Ele teve a capacidade de fugir, me abandonar. Eu sou bastante dramática. Eu me desculpo do fundo do meu coração e da minha fé, que não permite desigualdade, violência e muito menos agressão”, completou.
Glamour ainda disse que não queria que o ocorrido viesse a público, mas achou que ir Às redes sociais desabafar seria uma forma de “mostrar essa impunidade”.
“Pela primeira vez tive força de reagir e isso já é uma grande vitória. É uma forma de mostrar essa impunidade da qual eu não conseguia me ver livre. Por um ciclo de violência, um relacionamento abusivo e agradeço entenderem esse momento de dor para mim”.
A atriz contou ainda que foi agredida outras vezes: “[…] Rezo para que essa situação se resolva. Isso não quer dizer (que eu tenha que) me calar ou mais uma vez me permitir ser agredida fisicamente como permiti durante meses”.
ENTENDA COMO FUNCIONAM AS DELEGACIAS DE DEFESA DA MULHER
A medida protetiva, baseada na Leia Maria da Penha, busca proteger as vítimas de violência doméstica. Para isso, a medida restringe a aproximação do agressor. Para solicitar esse recurso, a mulher deve fazer a denúncia na polícia e, em seguida, o juiz tem 48 horas para determinar se a medida protetiva será concedida. O acusado que descumprir as determinações pode pegar de 3 meses a 2 anos de prisão.
Também ocorreu um aumento expressivo no número de inquéritos policiais instaurados. Em março e abril, essas quatro delegacias tiveram 1.322 inquéritos, o que significa um crescimento de 38% em comparação ao primeiro bimestre, quando essas delegacias não funcionavam 24 horas.
Disque 180
O Disque-Denúncia foi criado pela Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM). A denúncia é anônima e gratuita, disponível 24 horas, em todo o país. Os casos recebidos pela central são encaminhados ao Ministério Público.
Disque 100
O serviço pode ser considerado como “pronto socorro” dos direitos humanos pois atende também graves situações de violações que acabaram de ocorrer ou que ainda estão em curso, acionando os órgãos competentes, possibilitando o flagrante. O Disque 100 funciona diariamente, 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados.
As ligações podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem gratuita, de qualquer terminal telefônico fixo ou móvel (celular), bastando discar 100.
Polícia Militar (190)
A vítima ou a testemunha pode procurar uma delegacia comum, onde deve ter prioridade no atendimento ou mesmo pedir ajuda por meio do telefone 190. Nesse caso, vai uma viatura da Polícia Militar até o local. Havendo flagrante da ameaça ou agressão, o homem é levado à delegacia, registra-se a ocorrência, ouve-se a vítima e as testemunhas. Na audiência de custódia, o juiz decide se ele ficará preso ou será posto em liberdade.
Atenção ao protocolo policial! O atendimento presencial de um chamado depende de muitos fatores, como a disponibilidade de uma viatura no momento e uma avaliação da gravidade da situação. A ameaça à vida e à integridade física de alguém são sempre prioridade em relação a outros chamados, por isso, é importante explicar exatamente o que está ocorrendo quando solicitar o atendimento ao 190. Fale se já ouviu outras discussões antes e ligue mais vezes caso a viatura demore a aparecer.