Globo é criticada por simular cena de estupro em Segundo Sol
A cena foi considerada um "desserviço" para a sociedade e, principalmente, para as mulheres
A atual trama das 21h da TV Globo, “Segundo Sol”, voltou a causar polêmica e dividir opiniões nas redes sociais, dessa vez por simular uma cena de estupro, considerada um “desserviço” por boa parte do público que repercute o folhetim nas plataformas digitais.
Na cena da trama assinada por João Emanuel Carneiro que foi ar na noite desta quinta-feira, 27, Rochelle (Giovanna Lancelotti) acusa Roberval (Fabricio Boliveira) de abuso sexual, como vingança após ser humilhada pelo mesmo.
No Twitter, o público que comenta o folhetim on-line questionou a cena, sobretudo porque contribui para pensamentos machistas que desconfiam das mulheres quando elas denunciam casos de assédio, abuso e estupro.
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“Isso que está acontecendo com a Rochelle na novela é um desserviço pra sociedade. Sério… Como se o Brasil já não fosse machista o suficiente para sempre desconfiar da mulher, eles fazem uma inventar um estupro na novela”, disse um telespectador.
https://twitter.com/imaginago/status/1045484031117324288
“Cara totalmente desnecessário a Rochelle fingindo que o Roberval tentou estuprar ela sendo que já é difícil acreditarem nas mulheres quando isso acontece de verdade e vem a Globo e me faz essa patifaria”, escreveu outra.
“A violência doméstica cresce cada dia mais no país. Essa cena da Rochelloe fingindo que foi violentada faz a luta das mulheres ser ridicularizada. Uma cena totalmente ridícula, uma vergonha”, escreveu um terceiro.
Confira:
https://twitter.com/daiocrush/status/1045481555026735106
https://twitter.com/LeonaDivaa/status/1045483489309667328
https://twitter.com/anderso13154931/status/1045482626411364354
Como denunciar assédio sexual ou estupro?
O assédio contra mulheres envolve uma série de condutas ofensivas à dignidade sexual que desrespeitam sua liberdade e integridade física, moral ou psicológica. Lembre-se: onde não há consentimento, há assédio! Não importa qual roupa você esteja vestindo, de que modo você está dançando ou quantas e quais pessoas você decidiu beijar (ou não beijar): nenhuma dessas circunstâncias autoriza ou justifica o assédio.
No Brasil, não há um crime específico que trate do assédio que ocorre na rua ou em outros espaços públicos. Isso, entretanto, não significa que estas condutas ficam impunes, já que as violências que chamamos de assédio podem configurar diversos tipos de atos ilícitos (crimes, contravenções penais ou até mesmo um ilícito civil).