Huck, Bonner, Porchat, Paulo Vieira e mais globais detonam Bolsonaro no ‘Melhores do Ano’

Durante a entrega do prêmio Melhores do Ano, exibida anualmente na TV Globo, a grande despedida foi para Jair Bolsonaro (PL). Isso porque a premiação que homenageia os melhores profissionais do entretenimento e do jornalismo estava num tom mais crítico esse ano. Rolou até comemoração pela volta do Ministério da Cultura, que será comandado por Margareth Menezes.

Com ajuda de Paulo Vieira, Fábio Porchat e Tatá Werneck, o apresentador Luciano Huck abriu espaço para uma série de piadas com o governo bolsonarista, que termina em poucos dias. Paulo Vieira foi quem mais se esbaldou nos trocadilhos: “Se eu não ganhar hoje eu não vou aceitar a derrota. Vou pedir voto impresso. Eu vou botar fogo nos carrinhos da Globo. Vou pra porta de quartel pedir a volta do Faustão”.

Mas de um modo geral, o tom das manifestações foi mais sério durante a premiação. Osmar Prado, que ganhou na categoria de ator coadjuvante pela atuação como o Velho do Rio, na novela “Pantanal”, fez um longo discurso.

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“Quero dividir [o prêmio] com a reação do povo nas ruas. Conseguimos com a novela dar um pouco de alegria ao nosso povo que foi muito destratado, desrespeitado nos últimos quatro anos. Que em 1º de janeiro consigamos reconstruir tudo”, falou Osmar.

William Bonner, premiado como jornalista do ano, também comemorou o fim do governo Bolsonaro: “A Renata (Lo Prete), o Cesar (Tralli) e eu representamos uma categoria inteira, não apenas de colegas nossos da Globo, que nos últimos anos tem se dedicado enormemente a levar luz para as pessoas, levar informação. E é muito prazeroso estar aqui agora, vendo, como disse, Lulu Santos, em parceria com Nelson Motta: tudo passa, tudo sempre passará”.

O cineasta Andrucha Waddington, diretor da aclamada série da Globo, “Sob Pressão”, disse: “Quero dedicar esse prêmio a todos os profissionais da cultura. Eu acho que a partir de janeiro vamos ter o setor ativo”.

Luciano Huck também falou sobre o assunto: “Agora que nós temos, finalmente, o Ministério da Cultura de volta. E nós temos o ministro da Cultura de volta. Olha que coisa maravilhosa. Uma ministra da Cultura agora!”. Paulo Vieira emendou: “Viva Margareth Menezes”.

Huck terminou a  atração com tom mais tranquilo: “A você em casa, um Feliz Natal. Que seja um ano de muita saúde, de muita paz, de muito amor. Que seja o começo de um ciclo, que a gente recolha os cacos desse país, que a gente cure as feridas abertas. Nós somos um povo único, unido, de ponta a ponta, que tem que vestir a mesma camisa”.