Intervenção comemora Parada LGBT na Paulista
Pela primeira vez em 24 anos a Parada LGBT é realizada simbolicamente e on-line
Neste domingo, 14, devido à necessidade de distanciamento social imposta pela pandemia do novo coronavírus, a Parada do Orgulho LGBTQIA+ foi realizada por meio de intervenções e encontros virtuais. Um arco-íris coloriu o céu da Avenida Paulista entre 19h e 22h.
A intervenção Global Rainbow é assinada pela porto-riquenha Yvette Mattern. Esta é a primeira vez que as luzes da artista aparece no Brasil, mas já foi vista em Nova York, Berlim e outras cidades do mundo.
A Netflix, gigante do streaming mundial, também prestou homenagem realizando diversas projeções com as séries que abordam a diversidade sexual.
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Veja outras ações:
Na transmissão da #ParadaSP via GNT, o apresentador Vitor de Castro convida Caio Braz, Bruna Linzmeyer, Nana Costa, Bielo e outres para falar sobre orgulho, representatividade, visibilidade e a constante luta por direitos. Salve o link abaixo para conferir tudo:
Homofobia é crime!
Desde junho de 2019, o Supremo Tribunal Federal decidiu que o crime de homofobia deve ser equiparado ao de racismo.
Os magistrados entenderam que houve omissão inconstitucional do Congresso Nacional por não editar lei que criminalize atos de homofobia e de transfobia. Por isso, coube ao Supremo aplicar a lei do racismo para preencher esse espaço.
Entretanto, apesar da notícia positiva, poucos LGBT sabem o que podem fazer caso sejam vítimas de algum crime do tipo.
Como denunciar pela internet
Em casos de homofobia em páginas da internet ou em redes sociais, é necessário que o usuário acesse o portal da Safernet e escolha o motivo da denúncia.
Feito isso, o próximo passo é enviar o link do site em que o crime foi cometido e resumir a denúncia. Aproveite e tire prints da tela para que você possa comprovar o crime. Depois disso, é gerado um número de protocolo para acompanhar o processo.
Há aplicativos que também auxiliam na denúncia de casos de homofobia. O Todxs é o primeiro aplicativo brasileiro que compila informações sobre a comunidade, como mapa da LGBTfobia, consulta de organizações de proteção e de leis que defendem a comunidade LGBT.
Pelo aplicativo também é possível fazer denúncias de casos de homofobia e transfobia, além de avaliar o atendimento policial. A startup possui parceria com o Ministério da Transparência-Controladoria Geral da União (CGU), órgão de fiscalização do Governo Federal, onde as denúncias contribuem para a construção de políticas públicas.
Com a criminalização aprovada pelo STF, o aplicativo Oi Advogado, pensado para conectar pessoas a advogados, por exemplo, criou uma funcionalidade que ajuda a localizar especialistas para denunciar crimes de homofobia.
Delegacias
Toda delegacia tem o dever de atender as vítimas de homofobia e de buscar por justiça. Nesses casos, é necessário registrar um Boletim de Ocorrência e buscar a ajuda de possíveis testemunhas na luta judicial a ser iniciada.
As denúncias podem ser feitas também pelo 190 (número da Polícia Militar) e pelo Disque 100 (Departamento de Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos).