Jornalista da Globo se irrita ao perguntarem sobre sexo com o namorado
Revoltado não só com o preconceito, mas também com a invasão de sua intimidade, o jornalista da TV Globo respondeu de forma direta e elegante.
O jornalista Matheus Ribeiro, contratado da filial da TV Globo em Goiás, se irritou ao ser perguntado sobre suas relações sexuais com o namorado Yuri Piazzarollo, nesta segunda-feira, 20.
“Você é a mulher ou o homem na relação???”, escreveu o anônimo, usando uma expressão extremamente homofóbica para casais gays ou lésbicos, afinal de contas, se Matheus estivesse em uma relação heterossexual tal pergunta jamais teria sido feita.
Revoltado não só com o preconceito, mas também com a invasão de sua intimidade, o jornalista da TV Globo respondeu de forma direta e elegante.
- Descubra como aumentar o colesterol bom e proteger seu coração
- Entenda os sintomas da pressão alta e evite problemas cardíacos
- USP abre vagas em 16 cursos gratuitos de ‘intercâmbio’
- Psoríase: estudo revela novo possível fator causal da doença de pele
“Este é um relacionamento entre dois homens. Muito seguros, firmes e fortes (posso provar). E o seu relacionamento, é entre um burro e quem mais?”, escreveu Matheus Ribeiro. Nos Stories, ele compartilhou o WhatsApp do homem que fez a pergunta desnecessária e homofóbica para que os fãs dissessem o que achavam da sua atitude.
O namorado do jornalista da Globo, Yuri Piazzarollo também se manifestou revoltado e foi aplaudido por internautas. “Parece que temos um jovem que se sentiu incentivado. Se essa foto te incentivou, tenho uma notícia pra você, viu? Bem vindo ao Vale”.
Matheus Ribeiro, após seu belo desempenho ao ser sorteado para comandar o Jornal Nacional por um dia, no ano passado, em comemoração aos 50 anos do telejornal, foi escolhido pelo editor-chefe do noticiário, William Bonner, para participar do rodízio de apresentadores aos finais de semana.
Assim como aconteceu com o jornalista, infelizmente, acontece com muitas pessoas. Veja abaixo como se proteger.
Como denunciar pela internet
Em casos de homofobia em páginas da internet ou em redes sociais, é necessário que o usuário acesse o portal da Safernet e escolha o motivo da denúncia.
Feito isso, o próximo passo é enviar o link do site em que o crime foi cometido e resumir a denúncia. Aproveite e tire prints da tela para que você possa comprovar o crime. Depois disso, é gerado um número de protocolo para acompanhar o processo.
Há aplicativos que também auxiliam na denúncia de casos de homofobia. O Todxs é o primeiro aplicativo brasileiro que compila informações sobre a comunidade, como mapa da LGBTfobia, consulta de organizações de proteção e de leis que defendem a comunidade LGBT.
Pelo aplicativo também é possível fazer denúncias de casos de homofobia e transfobia, além de avaliar o atendimento policial. A startup possui parceria com o Ministério da Transparência-Controladoria Geral da União (CGU), órgão de fiscalização do Governo Federal, onde as denúncias contribuem para a construção de políticas públicas.
Com a criminalização aprovada pelo STF, o aplicativo Oi Advogado, pensado para conectar pessoas a advogados, por exemplo, criou uma funcionalidade que ajuda a localizar especialistas para denunciar crimes de homofobia.
Delegacias
Toda delegacia tem o dever de atender as vítimas de homofobia e de buscar por justiça. Nesses casos, é necessário registrar um Boletim de Ocorrência e buscar a ajuda de possíveis testemunhas na luta judicial a ser iniciada.
As denúncias podem ser feitas também pelo 190 (número da Polícia Militar) e pelo Disque 100 (Departamento de Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos).
Em alguns estados brasileiros, há órgãos públicos que fazem atendimento especializado para casos de homofobia. Saiba mais clicando aqui.