Justiça aceita denúncia de estupro contra Felipe Prior

O julgamento do caso está marcado para acontecer em 10 de maio de 2021

Veio a público nesta quinta-feira, 1, que o Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou uma acusação de estupro contra o ex-BBB, Felipe Prior. Foi marcada uma audiência de instrução e julgamento do caso para acontecer no 10 de maio de 2021.

Justiça aceita denúncia de estupro contra Felipe Prior
Créditos: Reprodução/Instagram
Justiça aceita denúncia de estupro contra Felipe Prior

Em abril deste ano, a revista Marie Claire revelou o ex-participante do BBB é alvo de duas denúncias por prática de estupro e uma de tentativa de estupro.

“Verifico que as provas que instruem a denúncia demonstram a materialidade do crime e suficientes indícios a atribuir autoria. Não é caso de rejeição liminar, portanto, recebo a denúncia”, disse o juiz Luiz Guilherme Angeli Feichtenberger na decisão.

Os relatos das vítimas são de 2014, 2016 e 2018, sendo que os dois mais recentes teriam ocorrido durante jogos universitários realizados por faculdades de arquitetura e urbanismo de São Paulo. Por medo, nenhuma das vítimas registrou boletim de ocorrência na época.

Felipe Prior, que nega todas as acusações, chegou até gravar uma mensagem de vídeo no seu Instagram se defendendo da situação.

“Eu estou muito chateado. Desconheço os fatos apresentados. Nunca cometi nenhuma violência sexual contra ninguém. Sou inocente. Estou muito chateado. Mesmo. O que me deixa mais chateado é saber que depois que eu entrei na casa as pessoas apresentaram uma denúncia pesada contra mim. Meus advogados estão tomando todas as providências. Eu também gostaria de dizer ao público que todo o carinho que eles estão me passando está me deixando mais forte. E é isso que importante pra mim. Minha consciência está tranquila”, disse o empresário anteriormente.

No mês de agosto deste ano, a 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de São Paulo finalizou o inquérito policial do caso e inclusive, tinha solicitado o arquivamento. O Ministério Público de São Paulo, ao contrário, decidiu que apresentaria a denúncia.

Na conclusão do relatório policial dizia que o exame de corpo de delito de uma das vítimas identificou “uma laceração de primeiro grau no lábio esquerdo da vagina”, mas que esta lesão poderia “ocorrer em acidentes, durante os partos, inclusive uma relação sexual mais intensa”.

O que fazer em caso de estupro?

  • Cuide da sua saúde em primeiro lugar. Antes de se preocupar com as medidas legais é importante receber atendimento médico, se necessário. Existem centros especializados em saúde da mulher que costumam estar melhor preparados para os casos de violência sexual.
  • Chame a polícia ou vá até uma delegacia.
  • Será feito um boletim de ocorrência e você será encaminhada, em seguida, a um hospital para realizar exames e receber medicamentos para prevenir doenças sexualmente transmissíveis (como o HIV), além de receber a pílula do dia seguinte para evitar gravidez, caso já não tenha passado por atendimento médico.
  • O boletim de ocorrência logo após o crime é importante para que seja feito o exame de corpo de delito (realizado por um médico no Instituto Médico Legal — IML). Por essa mesma razão, não é recomendável que a vítima tome banho após o ocorrido, pois isso pode impedir a coleta de algumas provas importantes para a investigação e posteriormente para o processo criminal (ex: identificação da presença de sêmen o que pode auxiliar até na identificação do autor). Além disso, é importante guardar as roupas usadas no momento do crime para coleta de provas. O DNA do autor pode ser coletado destas peças de roupa, por exemplo.
  • Nos casos em que houve o uso de drogas como o “Boa Noite Cinderela” é importante que a vítima faça o Exame Toxicológico (através de exame de sangue e urina) em no máximo 5 dias após a ingestão. O ideal é fazê-lo o quanto antes possível.
  • Nunca se deve culpar a vítima pelo crime cometido contra ela. A culpa jamais será da vítima e pressão de amigos e familiares indagando sobre a roupa, comportamento, postura, circunstâncias corroboram para os altos índices de suicídio entre vítimas de estupro.