Mãe de Paulo Gustavo ao Fantástico: ‘roubar na pandemia é assassinato’

Em depoimento emocionante, Dea Lúcia demonstrou ter muita força e vontade de lutar contra as injustiças que tiraram mais de 400 mil vidas no Brasil

Na noite deste domingo, 9, finalzinho do Dia das Mães, o Brasil chorou mais uma vez. Ao “Fantástico”, da TV Globo, a mãe de Paulo Gustavo, Dea Lúcia, encontrou forças no luto para dar um depoimento extremamente importante e sensível a respeito da morte de seu filho, um dos mais de 400 mil brasileiros que perderam suas vidas para a covid-19.

Ao Fantástico, mãe de Paulo Gustavo conta como foi o momento da morte

Além de falar sobre a perda do filho e a importância dele para o Brasil, a mãe de Paulo Gustavo também deu uma declaração poderosa sobre os políticos que não estão levando a pandemia do novo coronavírus a sério.

Mãe de Paulo Gustavo agradece carinho e faz apelo pelo uso de máscara

Mãe de Paulo Gustavo, Dea Lúcia desabafa ao Fantástico: “roubar na pandemia é assassinato”
Créditos: reprodução/TV Globo
Mãe de Paulo Gustavo, Dea Lúcia desabafa ao Fantástico: “roubar na pandemia é assassinato”

“Eu estou muito triste. Mas meu filho deixou um exemplo maravilhoso contra o preconceito. Meu filho casou, formou família, foi amado. Eu tenho dois netos maravilhosos. Mas isso porque ele teve uma família que deu amor a ele. Durante um ano, a gente viajando o país até as crianças nascerem, eu terminava o espetáculo falando que a homofobia é crime e que a corrupção mata. Roubar na pandemia é assassinato. Eu chorei com cada mãe, e choro, e vou continuar chorando. Essa luta vai ser minha. Eu vou lutar agora e vou falar o tempo todo. Desculpe meu desabafo, na pandemia, cada morte de um filho eu chorava por essa mãe sem saber que meu filho iria passar por isso”, disse Dea Lúcia.

Na entrevista, a mãe de Paulo Gustavo também contou como encontra forças para ainda conseguir sorrir após a morte de seu filho. “Eu fiquei durante 53 dias rezando, pedindo a Deus que me desse força. A morte é uma coisa certa na vida da gente. A gente só espera que uma mãe vá na frente. Então, é muito duro”, afirma Dona Déa. “Não estou bem, mas eu sou capaz de rir. Eu quando conto, falo dele, eu conto as coisas, eu rio, porque ele detestava quando eu chorava”, completa.