Marcelo Adnet no Roda Viva: ‘como morar no Brasil e não ser de esquerda?’
"As políticas progressistas no Brasil são a única forma que faz sentido para diminuir as diferenças abissais, em vez de largar a mão"
Em entrevista ao programa “Roda Viva”, exibido pela TV Cultura na noite desta segunda-feira, 17, Marcelo Adnet afirmou que se considera de esquerda, mas que não é comunista. O humorista também opinou que é impossível viver no Brasil e não ser de esquerda, por causa das diferenças sociais que existem por aqui.
“Me considero de esquerda, sem dúvida. Me considero progressista, mas não comunista. A palavra comunista ganhou um novo significado, mas o comunismo que eu conheço, da União Soviética, não. Não sou comunista, nem nunca fui. Mas de esquerda, sim”, revelou.
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“É óbvio, você tem que ser de esquerda no Brasil. Como morar no Brasil e não ser de esquerda? Temos diferenças muito abissais. As políticas progressistas no Brasil são a única forma que faz sentido para diminuir as diferenças abissais, em vez de largar a mão”, acrescentou.
“Às vezes, quando vemos uma pessoa em situação de vulnerabilidade, você pensa que como político possa mudar tudo isso. É muito nobre. Mas hoje não sei se estaria nesse ramo, porque tenho medo de morrer. Eu tenho medo de ser assassinado. E a política é muito barra pesada”, contou.
Por outro lado, Adnet fez uma crítica à esquerda e ao discurso acadêmico que muitas vezes afasta a população por ser chato. Para ele, a mensagem do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), por exemplo, é mais breve e certeira. “O lado governista atualmente tem uma forma de comunicação muito breve, é em meme, uma frase, um chora mais. Enquanto a esquerda é muito mais psicologizada, falando de uma maneira foucaultiana, o fascismo moderno… E todo esse discurso acadêmico da esquerda, que eu tenho também, acaba afastando a população, porque não comunica, ele é chato”, descreveu.