Márcio Gomes sobre a saída da Globo: ‘Não iria negociar pelas costas’

O jornalista garantiu que avisou a emissora da qual era contratado sobre o interesse da concorrente

23/10/2020 23:01

Márcio Gomes falou sobre sua saída da TV Globo ao ser contratado pela emissora concorrente, a recém chegada ao Brasil, CNN. Segundo o jornalista, as negociações foram abertas e ele não as faria pelas costas.

Márcio Gomes sobre a saída da Globo: ‘Não iria negociar pelas costas’
Márcio Gomes sobre a saída da Globo: ‘Não iria negociar pelas costas’ - Reprodução/TVGlobo

Márcio Gomes surpreendeu o público ao anunciar, no início da semana, sua saída da Globo, onde trabalhou por 24 anos, para migrar para a CNN Brasil, apesar da surpresa, ele garantiu em entrevista à revista Veja que avisou a emissora da qual era contratado sobre o interesse da concorrente. Segundo o jornalista, a Globo “não teve interesse em cobrir o salário oferecido” pela CNN.

“A CNN me chamou para um chá, e eu avisei a Globo. Não iria negociar pelas costas, jogo limpo. Outras emissoras já haviam feito contato, mas nunca levei adiante. Dessa vez foi diferente. A Globo passou a me ligar todos os dias com contraofertas, mas nenhuma delas foi suficiente. Eles não tiveram interesse em cobrir o salário oferecido”, explicou Márcio Gomes à revista Veja.

Neste ano, o jornalista ganhou destaque na cobertura da Globo sobre a pandemia, quando passou a comandar o telejornal “Combate ao Coronavírus” nas manhãs da emissora. O noticiário com informações e atualizações sobre a covid-19 era veiculado para todo o Brasil.

Márcio Gomes contou que o destaque que recebeu enquanto o telejornal esteve no ar não era suficiente para suas ambições profissionais. O jornalista afirmou que não se sentia mais desafiado com os trabalhos que realizava na Globo e por isso, em busca de novas experiências, foi para a CNN.

“Eu estava muito confortável na emissora. O Combate ao Coronavírus foi um programa que me tirou da zona de conforto. A primeira máscara que ensinaram a fazer na TV fui eu que fiz, a primeira morte registrada foi informada no programa. As pessoas falaram que eu me tornei o rosto da pandemia. Acho exagero, mas não ligo. O problema é que não haverá um programa desses a cada seis meses. É legal fazer o básico, mas não é para mim”, completou Márcio Gomes.