Polícia investigará médico de Bruno Krupp por falsidade ideológica e fraude processual
O profissional foi contratado pela família do modelo
A polícia instaurou inquérito para investigar Bruno Nogueira Teixeira, o médico contratado pela família do modelo Bruno Krupp, de 25 anos, por falsidade ideológica e fraude processual. Krupp foi preso por atropelar e matar o estudante João Gabriel Cardim Guimarães, de 16, no Rio.
Na última sexta-feira, 5, a equipe do Hospital Marcos Morais, no qual o modelo foi internado com ferimentos do acidente, liberou Krupp para ser levado ao sistema prisional.
Embora estivesse com quadro estável, o médico alegou que o paciente estava com problemas nos rins e havia uma eventual necessidade de sessões de hemodiálise e levado para realização de ressonância magnética em outro hospital.
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Para o delegado Aloysio Berardo Falcão de Paula Lopes, adjunto da 16ª DP (Barra da Tijuca), a atitude caracteriza a fraude processual, previsto no artigo 347 do Código Penal, por modificar intencionalmente dados de processo, com intuito de levar juiz ou perito a erro. A pena é de três meses a dois anos de detenção e multa.
A falsidade ideológica prevê cinco anos de reclusão e multa para quem mentir em documento público ou particular.
Atropelamento
O modelo e influenciador Bruno Krupp atropelou um adolescente na noite do último sábado, 30, próximo a orla da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. João Gabriel Cardim, a vítima que sofreu o atropelamento, um jovem de 16 anos, morreu horas depois do ocorrido. De acordo com a Polícia Civil, Bruno estava de moto e não possui habilitação.
O incidente aconteceu por volta das 23h de sábado na Avenida Lúcio Costa, na altura do Posto 3. O adolescente teve uma das pernas amputadas no momento do impacto e, até chegou a ser socorrido, passando por uma cirurgia no Hospital Municipal Lourenço Jorge, porém não resistiu.
A 16ª DP (Barra) está investigando o caso como homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
A Polícia Civil falou que Bruno seria ouvido assim que recebesse alta. A direção do Hospital Lourenço Jorge informou que o modelo foi atendido e liberado no último domingo, 31.
Para pela blitz três dias antes
Três dias antes do acidente, Krupp o foi parado em uma blitz da Lei Seca com a mesma motocicleta que pilotava na noite que matou o adolescente. Assim como na noite de sábado, na quarta-feira, 27, o veículo também estava sem placa e o piloto não estava com carteira de habilitação.
Bruno recebeu três multas – além da falta de placa e carteira, ele se recusou a soprar o bafômetro – somando R$ 4 mil e teve a moto, um Yamaha cinza, apreendida, porém a recuperou a tempo de pilotar no sábado e se envolver no acidente fatal na Barra da Tijuca.
A moto que ele pilotava foi novamente apreendida, desta vez foi levada à delegacia.
Outras acusações
Bruno Krupp também é investigado na polícia por acusações de estelionato e estupro.
A acusação de estupro foi feita na Delegacia de Atendimento à Mulher de Jacarepaguá (Deam). Em depoimento, uma mulher disse que foi até o apartamento de Bruno Krupp e que ele a teria estuprado. Ela falou que pediu para Bruno parar, mas não teve seu pedido acatado. Ele nega a acusação.
Já a acusação de estelionato foi registrada na 15ª DP (Gávea). Em 2021, uma gerente de um hotel relatou que o cartão de um cliente havia sido recusado, e o mesmo aconteceu com diversos outros clientes.
Ao conversar com quem teve o cartão recusado, a mulher contou que todos afirmaram que Bruno Krupp ofereceu diárias no hotel a preços menores do que no site do local, e que para conseguir a hospedagem por preços mais baratos, os clientes deviam efetuar o pagamento em uma conta no nome de outra pessoa.
A fraude, de acordo com a gerente, foi estimada em R$ 428 mil. Krupp teria saído do hotel antes do estabelecimento conseguir contestar os cartões.