Menino do Acre nega desaparecimento como uma jogada de marketing

Bruno Borges conversou com o “Fantástico” sobre o seu desaparecimento de quase cinco meses

O “Fantástico” conversou com Bruno Borges neste domingo, 13. Ele ficou conhecido como “Menino do Acre” após sumir por quase cinco meses, deixando para trás em seu quarto 14 livros escritos à mão em códigos.

O primeiro deles já publicado, “Teoria da absorção do conhecimento”, teve uma tiragem de 20 mil exemplares e está na lista dos mais vendidos no País.

Acusado pela polícia do Acre de seu desaparecimento ser uma mera jogada de marketing, o jovem negou essa versão ao programa da Rede Globo.

A polícia afirma que, antes de desaparecer, Bruno Borges teria assinado um contrato de publicação do livro com lucros dividido entre dois amigos, um primo, a editora e a sua família.  Essa teria sido a razão da polícia ter abandonado o caso.

“Tudo que fiz foi com o objetivo principal de estimular as pessoas a adquirirem conhecimento, e, à medida que a gente vê as pessoas buscando esse conhecimento, a gente vê que deu certo”, disse ao “Fantástico”.

Bruno se disse arrependido de não ter avisado a família sobre o sumiço e revelou que não iria falar sobre onde estava durante esses quase cinco meses. “Isso para mim é irrelevante, eu estive em meio à natureza. Toda parte do isolamento, eu não vou falar, mas eu fiz um estudo para saber o que eu iria precisar para me manter no lugar”, explicou.

“Pensei que, com tudo o que eu tinha deixado, todo mundo saberia que eu me isolei para buscar a verdade da vida. O fato de eu ter me isolado foi para encontrar uma verdade dentro de mim que eu estava precisando encontrar. Eu estava precisando renascer”, disse o estudante.

Bruno comentou ainda sobre o objetivo do seu desaparecimento. “Um dos objetivos também foi tornar as pessoas mais ávidas pelo misterioso, porque, quem não gosta de mistério, está morto, inerte, porque o mundo é um mistério. Não sabemos nada ainda. Como podemos não gostar do mistério?”, perguntou.

Sobre a divisão dos lucros entre amigos e um primo, ele afirma que foi uma forma de agradecimento para que ele pudesse realizar o seu sonho. Bruno Borges adiantou ainda que quer continuar escrevendo livros.

“Eu quero construir uma carreira. Quero continuar escrevendo as coisas que eu acredito que são importantes. Nunca vou parar de querer ajudar as pessoas de alguma maneira, de adquirir conhecimento e aprender comigo mesmo”, disse ao “Fantástico”.

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