“Não estou grávida, estou farta”, desabafa Jennifer Aniston
A atriz Jennifer Aniston escreveu um artigo criticando os frequentes boatos divulgados na mídia sobre sua aparência física e sobre os rumores de que ela estaria grávida.
“Eu não estou grávida. O que estou é farta“, escreveu em um blog para o site Huffington Post. “Estou farta do escrutínio feito quase por esporte e dessa exigência com o corpo dos outros feito com a desculpa do jornalismo, da Primeira Emenda e das notícias de celebridade.”
As críticas se dirigem a reportagens como a da capa da revista In Touch Weekly, publicada em junho. Na imagem, a atriz aparece de biquíni ao lado do marido, o ator e roteirista Justin Theroux. Uma seta aponta para sua barriga e a manchete afirma: “Jen finalmente está grávida!”.
“Todos os dias, meu marido e eu somos assediados por dezenas de fotógrafos em frente a nossa casa que fazem qualquer coisa para conseguir qualquer tipo de foto. Quero focar no contexto, no que essa cultura insana dos tabloides representa para todos nós. A objetificação e o escrutínio pelo qual fazemos as mulheres passarem é absurdo e inquietante”, escreveu. “A forma como sou retratada pela mídia é simplesmente um reflexo de como nós vemos e retratamos as mulheres em geral, todas medidas por um padrão de beleza torto.”
“O mês passado em particular me trouxe luz sobre o quanto a gente define uma mulher com base em seu status matrimonial ou maternal. Somos completas com ou sem um companheiro, com ou sem filhos. Somos nós que temos que decidir, por nós mesmas, o que é bonito quando o assunto é nosso corpo. A decisão é nossa, e só nossa. Vamos tomar essa decisão por nós mesmas e pela jovens mulheres neste mundo que nós veem como exemplo. Não precisamos ser casadas ou mães para ser completas. Nós que determinamos nosso próprio ‘felizes para sempre'”.
“Fico chateada por quererem fazer eu me sentir ‘menor’ porque meu corpo está mudando e/ou porque comi um hambúrguer no almoço e fui fotografada por um ângulo estranho, e por isso ser considerada ou ‘grávida’ ou ‘gorda’. Aprendi que as práticas dos tabloides, mesmo que perigosas, não vão mudar, pelo menos não em breve. O que podemos mudar é nossa consciência e reação às mensagens tóxicas contidas nessas histórias aparentemente inofensivas que são publicadas como verdade e moldam nossas ideias sobre quem nós somos.”
Leia o texto na íntegra aqui (em inglês).
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