‘Não virei sapatão porque meus pais são gays’, diz Ágata de Av Brasil

A atriz, hoje com 19 anos, contou ter sido aceita pelos pais, que também são gays, mas teve medo pela repercussão negativa, quando o assunto veio a público

10/10/2019 11:29

‘Não virei sapatão porque meus pais são gays‘, afirmou Ana Karolina Lannes, a Ágata da novela Avenida Brasil, durante entrevista ao programa ‘Se Joga’, da TV Globo, onde falava sobre sua homossexualidade.

‘Não virei sapatão porque meus pais são gays’, diz Ágata de Avenida Brasil
‘Não virei sapatão porque meus pais são gays’, diz Ágata de Avenida Brasil - Reprodução/Instagram

A atriz, que ficou famosa ao 11 anos, hoje com 19,  contou ter sido aceita com amor pelos pais, que também são gays, mas teve medo pela repercussão negativa, quando o assunto repercutiu na imprensa. Karol perdeu a mãe aos quatro anos, e foi criada pelo tio e seu marido.

“Quando eu me assumi para os meus pais, foi tranquilo, eu sabia que seria um ambiente de amor. Eles tiveram a preocupação, claro, de que eu sofresse com coisas que provavelmente eles já sofreram, mas o meu maior medo foi quando a minha homossexualidade saiu na mídia, porque o meu maior medo era que os meus pais sofressem críticas por causa disso. ‘Virou sapatão porque os pais são gays’, e não tem nada a ver, senão não existiriam gays com pais héteros. Meu maior medo sempre foi esse. Quando eu consegui separar isso, mostrei que a única interferência dos meus pais homossexuais na minha homossexualidade foi o quanto eu me aceito e o quanto eles me aceitaram”, afirmou Karol.

A atriz foi elogiada por Fernanda Gentil, que namora há três anos a jornalista Priscila Montandon: “Nossa, como fala bem, né? Tomara que a gente chegue um dia a esse ponto e falar de um assunto desse como fala de uma garrafa d’água. Uma coisa tão natural, desenvolta”.

Karol também falou sobre a reprise de Avenida Brasil, que voltou ao ar na última segunda em ‘Vale a Pena Ver de Novo’. “Avenida Brasil foi uma das minhas maiores escolas, inclusive pelos atores com quem tive a oportunidade de contracenar: [Marcos] Caruso, [Eliane] Giardini, [Adriana] Esteves. Todo mundo sempre me ensinou muita coisa, como profissional e como ser humano. Acho que Avenida Brasil foi para mim um aprendizado enorme, um amadurecimento enorme”, avaliou.