Netflix: O que é a Síndrome de Munchausen retratada no filme ‘Fuja’?
O thriller americano alcançou o primeiro lugar na plataforma da Netflix Brasil
Com estreia na Netflix no último dia 2 de abril, “Fuja” é um filme de suspense e terror estrelado pela renomada atriz Sarah Paulson e também pela novata Kiera Allen. A trama agonizante chegou ao primeiro lugar entre os conteúdos mais assistidos na Netflix Brasil.
A história
Tudo começa quando Diane (Sarah Paulson) dá a luz a um bebê, aparentemente prematuro e nada saudável. Mas, a história inicia de verdade pulando 17 anos depois do ocorrido. Logo nas primeiras cenas é possível observar que Chloe (Kiera Allen), apesar de ser uma adolescente muito lúcida, precisa tomar uma série de remédios para tratar de cinco doenças graves: asma, diabetes, arritmia, hemocromatose e paralisia.
- 43 filmes e séries chegam na Netflix em junho; confira!
- Novo filme da Netflix é estrelado por Adam Sandler, mas não é de comédia
- Netflix ganhará mais de 30 filmes e séries em março; veja a lista
- 5 filmes de sucesso saem da Netflix nos próximos dias; veja quais
Com o passar do tempo, Chloe começa a desconfiar dos remédios que sua mãe lhe dá desde pequena. A partir deste momento, ela vai atrás de pistas, começa a investigar e também a se questionar se ela precisa mesmo de tanta medicação. Afinal, ela é apenas uma garota de 17 anos que está a fim de curtir a vida fora de casa, sem a presença da mãe superprotetora o tempo inteiro.
Um dos primeiros problemas enfrentados pela garota é a ida para a universidade. Na ficção, elas moram em uma região pacata de Seattle e ela está na espera de uma resposta da Universidade de Washington para saber se passou ou não. A mãe abusiva fazia de tudo para que esse sonho não fosse realizado. Inclusive, assim que chegava qualquer entrega na casa, a mãe sempre estava em cima, sem dar chances para a garota ter o gostinho de receber a esperada carta de aprovação.
Em um determinado momento, Chloe começa a entrar no jogo da mãe e se faz de sonsa por diversas vezes só para continuar na busca pela verdade, até que em uma ida ao cinema da cidade, ela consegue escapar da mãe e ir até a farmácia onde são comprados os seus remédios. Por lá, ela acaba descobrindo que na verdade, um desses medicamentos é receitado para cachorros e foi neste instante que ela descobriu o motivo de não poder andar.
Diane, a mãe psicopata, consegue reverter a situação e faz com que as pessoas pensem que a filha está louca por supostamente ter trocado de remédio recentemente. Chloe é dopada e levada para a casa, ou melhor, para o esconderijo – onde não chega sinal – e quando acorda descobre que está literalmente presa.
A tentativa de fuga resultou na morte de um homem que tentou ajudar Chloe sair dessa situação e também na exposição da real face da mãe dela, que mais um vez ia cometer uma atrocidade utilizando drogas quimicamente manipuladas em casa. É nesse momento também que a menina fica sabendo que possivelmente foi roubada da maternidade a qual Diane tinha parido um bebê morto há 17 anos.
Para saber o desenrolar dessa história, só apertando o play, mesmo.
Atuações
Elogiar a atuação de Sarah Paulson já virou até clichê, mas é bom lembrar o porquê dela ser escolhida para fazer papéis macabros, afinal, ela realmente sabe fazer um papel de vilania com maestria. Dessa vez, no corpo de uma mãe que possui a Síndrome de Munchausen e que é muito malvada com sua própria filha, não foi diferente. Mais uma personagem marcante é assinada pela atriz, cheeeck!
No entanto, quem brilha mesmo neste filme é a novata Kiera Allen, que assim como na ficção, também é cadeirante na vida real. Essa representatividade conseguiu mostrar que certos detalhes são cruciais para que uma obra cinematográfica tenha diferencial. Das cenas do dia a dia até as outras em que ela está em apuros, tudo é extremamente natural e verdadeiro, tornando a experiência do expectador ainda melhor.
Mas, o que é exatamente a Síndrome de Munchausen?
Descrita originalmente pelo pediatra Roy Meadow em 1977, a Síndrome de Munchausen por Procuração é considerada um tipo de abuso infantil, em que um dos pais, geralmente a mãe, inventa sinais e sintomas nas crianças, com objetivo de chamar atenção pra si.
A vítima geralmente é submetida a várias internações, exposição de exames e tratamentos iminentemente perigosos e sem necessidade, o que pode gerar sequelas psicológicas e físicas, podendo levar até a morte.
Ela também já foi abordada em outros materiais, mais recente na série “The Act”, que levou a filha Gypsy Blanchard matar sua a mãe que estava doente.
Assista ao trailer