‘Novo’ hino da Argentina chama atenção no Catar; entenda o motivo

Entenda motivo da mudança do hino argentino e como isso tem incentivado a equipe

Às 16h desta terça-feira, 13, Argentina e Croácia entram em campo pelas semifinais da Copa do Mundo do Catar. E em meio à grande expectativa dos nossos vizinhos na busca pelo tricampeonato mundial, um detalhe chamará a atenção aos ouvidos mais atentos antes mesmo da partida começar.

Ou mais precisamente durante o hino nacional argentino. Isso porque a canção passou por uma pequena, mas substancial mudança que diz respeito à inclusão do trecho “O juremos con gloria morir! O juremos con gloria morir! O juremos con gloria morir!”, que será entoado a plenos pulmões nas arquibancadas do estádio Lusail. Até então protocolo adotado pela FIFA previa apenas a apresentação do hino marcado pela melodia introdutória e sem letra.

Segundo notícia divulgada pelo portal Uol, a mudança ocorreu a pedido do técnico Lionel Scaloni, e seu assistente Pablo Aimar, que pediram aos dirigentes da AFA (A CBF argentina) que fosse feita a alteração, para “as pessoas poderem cantar uma parte do hino e que não seja só uma música”.

Nova versão do hino, adaptada ao formato adotado pela FIFA, prevê trecho com versos do canção escrita em 1812 por Alejandro Vicente López y Planes – Foto: Globo/Reprodução

Pequenos detalhes que fazem diferença

A mudança, entretanto, não é tão recente assim e aconteceu pela primeira vez em 2018, quando Scaloni assumiu a equipe ‘albiceleste’. O novo formato do hino argentino foi tocado pela primeira vez em um torneio sub-20 disputada na Espanha e tempos depois em partida disputada pela seleção principal na Copa América de 2019, no Brasil. Desde então, o novo formato ganhou a  gosto da equipe e torcida argentina nas partidas oficiais da seleção.

A mudança do hino suscitou até uma pequena polêmica quanto ao fato de Messi não cantar a nova versão nos jogos. À época, o camisa dez da seleção explicou apenas que “Cada um vive o hino de uma forma”.

Para o jornalista argentino Martín Ainstein, que também é documentarista da ESPN, a mudança cumpre um importante papel pátrio. “O que fizeram agora é o mais lógico. O hino é muito longo, então tem sentido que peguem uma parte que as pessoas possam cantar”. E completou: “Carlos Billardo (técnico da seleção argentina campeã em 1986) dizia que é nos pequenos detalhes que se ganham os títulos. Prestava atenção em tudo, absolutamente tudo. Isso que fez Scaloni é algo muito ‘billardista’, tudo tem uma consequência, tudo soma na hora de construir um time campeão”.

 Com informações do Uol