Os 5 livros favoritos do Papa Francisco: quais são e o que revelam sobre seu legado?
Conheça os livros que marcaram a vida do Papa Francisco e revelam sua visão sobre temas contemporâneos
O Papa Francisco cultivava uma relação profunda com a literatura. Para ele, os livros eram mais do que fonte de conhecimento: eram instrumentos de autoconhecimento e espiritualidade.

Antes de virar papa, como padre e educador, chegou a lecionar literatura e psicologia na Argentina. Ao longo de seu pontificado, fez questão de destacar o valor da leitura em suas falas — especialmente entre os jovens padres. “A leitura impede o fechamento em ideias obsessivas”, escreveu em uma carta em 2024.
Entre seus títulos de cabeceira, estavam obras que tratam de memória, fé e a complexidade da alma humana.
Quais eram os livros preferidos do Papa Francisco?
1. “A Ideia de uma Sociedade Cristã”, de T.S. Eliot
Baseado em conferências de 1939, o livro propõe que a fé cristã deve moldar não apenas o indivíduo, mas também a estrutura da sociedade.
2. “Para o lado de Swann” – Em busca do tempo perdido, vol. 1, de Marcel Proust
Este é o primeiro volume, publicado em 1913, de uma série de sete livros. Nele, Proust mergulha no tema da memória involuntária, com destaque para o episódio das madalenas.
3. “O Tempo Reencontrado” – Em busca do tempo perdido, vol. 7, de Marcel Proust
O último livro da série, publicado em 1927, traz uma reflexão sobre como a memória é capaz de recriar o passado.
4. “Borges Oral & Sete Noites”, de Jorge Luis Borges
Neste conjunto de conferências, Borges fala sobre temas como tempo, poesia, eternidade e o infinito, sempre com profundidade.
5. “Um Experimento em Crítica Literária”, de C.S. Lewis
Nesta obra de 1961, o autor argumenta que o valor de um livro está na maneira como ele é vivido pelo leitor.
Ao longo dos anos, Francisco mostrou que a literatura pode ser uma poderosa aliada na busca por empatia e compreensão — valores que também marcaram sua missão como líder da Igreja.
O primeiro pontífice latino-americano nos deixou em 21 de abril de 2025, aos 88 anos, encerrando um dos pontificados mais marcantes da história recente da Igreja Católica.