Participante do MasterChef acusa professora de injúria racial

Aisha Carolina dos Santos teve de mudar de escola após ofensas

Aisha Carolina dos Santos, ex-participante do “MasterChef Junior”, exibido na Band em 2015, está processando uma professora da Escola Estadual Chico Mendes, na zona leste de São Paulo (SP), por injúria racial.

A jovem, de 13 anos de idade, relatou que o caso aconteceu em outubro de 2018, porém, o processo continua em andamento na Justiça.

Aisha Carolina participou do reality show da Band em 2015
Créditos: Reprodução/Band
Aisha Carolina participou do reality show da Band em 2015

Segundo relato da garota, ela foi com mais duas meninas buscar bolas para dar início à aula de educação física, mas teria sido presa em uma sala pelas garotas. Assim que conseguiu abrir o cômodo, a tal professora apareceu e, aos berros, teria humilhado Aisha. “Uma pessoa da sua cor não podia estar fazendo bagunça”, teria dito ela, de acordo com declaração da vítima ao jornal “Folha de S. Paulo”.

Depois de perguntar o nome de Aisha, ela ainda teria disparado a seguinte frase: “Ainda mais com um nome desse, fazendo bagunça na escola”. “Fiquei sem reação quando ela falou”, disse a menina.

E as agressões não pararam por aí. A garota ainda foi aconselhada pelo professor de educação física a não reclamar da professora para a diretora. Apesar de não ter dado ouvidos a ele, a conversa que Aisha teve com a direção da instituição não foi nada satisfatória.

Aisha, hoje com 13 anos, foi encorajada a não dar queixa da professora
Créditos: Reprodução/Band e Instagram
Aisha, hoje com 13 anos, foi encorajada a não dar queixa da professora

A professora ainda tentou se defender dizendo que falou de forma rude com ela por estar brava com o barulho e que tentou passar um discurso de empoderamento para a menina. “Mas adoro negros”, teria completado.

Aisha, então, trocou de colégio, o caso foi registrado como injúria racial e está sendo investigado em inquérito policial.

Ainda segundo a publicação, a Diretoria Regional de Educação também abriu um processo interno para apurar a denúncia. Até o momento, a professora segue praticando suas atividades normais, pois a escola alega que está aguardando o andamento da apuração para tomar as providências cabíveis.