Paulo Gustavo proíbe beijo gay em ‘Minha Mãe É Uma Peça 3’ e polemiza

Ator foi bombardeado de críticas no Twitter, mas ator do longa saiu em sua defesa

Paulo Gustavo foi parar no topo dos Trending Topics do Twitter nesta quinta-feira, 12, após anunciar que seu próximo filme, “Minha Mãe É Uma Peça 3”, escrito e protagonizado por ele, não terá uma cena de beijo gay no casamento dos personagens Juliano (Rodrigo Pandolfo) e Thiago (Lucas Cordeiro).

Diversos internautas criticaram a decisão do humorista, que é homossexual e casado com o dermatologista Thales Bretas.

Paulo Gustavo, escritor de “Minha Mãe É Uma Peça”, e os atores que protagonizarão o casamento gay
Créditos: Reprodução/Instagram
Paulo Gustavo, escritor de “Minha Mãe É Uma Peça”, e os atores que protagonizarão o casamento gay

“O Paulo Gustavo é gay e não quer beijo gay no filme dele que tem casamento gay. Amado?”, ironizou uma internauta. “Paulo Gustavo, homossexual casado diz que não quis o beijo gay em cena de ‘Minha Mãe É Uma Peça 3’ porque pode parecer agressivo… Paulo, adoro você, mas no filme você colocou uma mãe acordando com o filho chegando com uma garota de programa em casa. Agressivo é o amor?”, questionou outro. “Car*, essa do Paulo Gustavo me deixou muito decepcionada. O Felipe Neto, que é hétero, distribuindo livro LGBTQ contra censura e a gay tirando beijo gay do filme que ele mesmo está fazendo para não chocar os héteros. Se você que é gay não vai colocar beijo gay no seu filme, então f*”, completou outro.

‘BOM SUCESSO’: PÚBLICO COMEMORA CENA DE BEIJO GAY SEM ALARDE 

Rodrigo Pandolfo saiu em defesa do ator e explicou o motivo de sua decisão. Segundo ele, mostrar o casamento gay já seria o suficiente para ‘chocar’ o público brasileiro, que ainda trata o assunto como tabu.

“[…] Ele falou: ‘Olha, a gente está fazendo um filme popular. A gente sabe que o Brasil tem questões [relacionadas ao beijo gay] ainda, infelizmente. O Juliano já vai se casar’. Ele não sentiu a necessidade de colocar o beijo e expor publicamente”, declarou ao Uol.

Pandolfo, então, concordou com o argumento do escritor: “Eu entendo, de certa forma. O filme é a maior bilheteria da história do cinema brasileiro. Se você coloca o beijo acontecendo, em uma sociedade que, infelizmente, ainda se assusta, talvez seja agressivo. O Paulo usou uma expressão que é: ‘A gente não precisa esfregar nenhuma opinião pessoal na cara do público. A gente já está mostrando um casamento gay. Mais do que isso não precisa'”.