Radialista faz comentários homofóbicos ao jornalista Matheus Ribeiro
Após ficar conhecido nacionalmente por apresentar uma das edições especiais do JN 50 anos, o jornalista goiano Matheus Ribeiro foi algo de comentário homofóbico feito pelo radialista Luiz Gama, também de Goiás.
De acordo com informações divulgadas na Folha de S.Paulo, Gama teria tuitado “Putz! Onde que o Brasil vai parar? Queimar a rosca agora é moda. Um apresentador de telejornal de qualidade média virou a bola da vez do jornalismo nacional só porque revelou que sua rosquinha está à disposição. A qualidade profissional que se f…”. Após a repercussão, o tuíte foi apagado.
A advogada de Matheus, informou que o radialista será processado por danos morais e crime de racismo, pois homofobia foi incluída pelo STF (Supremo Tribunal Federal) dentro dessa classificação.
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“Matheus, que tem visibilidade, por seus próprios —diga-se de passagem, tem esta obrigação. Não para se proteger, já que a ele estes comentários não prejudicam, mas para proteger todos que não têm voz como ele. Estas pessoas, as homofóbicas, precisam de resposta à altura”, afirmou à Folha, Maria Thereza Alencastro, advogada do jornalista.
Em nota a Band News FM Goiânia informa que “a respeito das publicações do radialista Luiz Gama (equipe Feras do Esporte), no Twitter, esclarece que não interfere nas opiniões de seus colaboradores e/ou prestadores de serviços nas redes sociais. A emissora reafirma seu compromisso com a defesa de princípios democráticos, a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.”
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de Goiás também se manifestou e criticou as afirmações de Luiz Gama. Para a agremiação é importante a manutenção do registro profissional, salientando que “um dos detratores é pessoa que se diz apenas jornalista”, mas sem formação e ética para exercer a profissão. O sindicato ainda repudiou a declaração do radialista e afirmou que difamadores “merecem voltar para a escória da sociedade”.
Saiba o que fazer e como denunciar casos de homofobia
Toda delegacia tem o dever de atender as vítimas de homofobia e de buscar por justiça. Nesses casos, é necessário registrar um Boletim de Ocorrência e buscar a ajuda de possíveis testemunhas na luta judicial a ser iniciada.
As denúncias podem ser feitas também pelo 190 (número da Polícia Militar) e pelo Disque 100 (Departamento de Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos).
Em alguns estados brasileiros, há órgãos públicos que fazem atendimento especializado para casos de homofobia. Veja onde encontrar alguns destes postos.