Sertanejo Victor, ex dupla com Leo, é condenado por agredir ex-mulher
Na época, Poliana estava grávida de dois meses do segundo filho do então casal
O cantor Victor Chaves, que fazia dupla com Leo, foi condenado em primeira instância na acusação de agressão contra a ex-mulher, a empresária Poliana Bagatini, em fevereiro de 2017.
Na época, ela estava grávida de dois meses do segundo filho do então casal. O cantor recorreu da decisão na última quinta-feira, 9, e o caso foi enviado ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
A pena, fixada no dia 29 de novembro do ano passado, foi de 18 dias de prisão em regime aberto, mais o pagamento de R$ 20 mil à vítima como “indenização em decorrência dos danos morais causados”. Segundo informações do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Victor se tornou réu em 2017, depois de ser indiciado pela Polícia Civil de Minas Gerais.
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Segundo o boletim de ocorrência, Poliana disse que foi agredida por Victor por motivos fúteis, jogada no chão e golpeada com vários chutes, em fevereiro de 2017, em um prédio no bairro Luxemburgo, na Região Centro-Sul da capital mineira.
Em nota enviada pela defesa, Victor afirmou que “desde o início deste processo, arquei com os ônus de manter silêncio para preservar minha família. Diante disso, prefiro nada comentar”.
Em fevereiro do ano passado, o cantor debochou de acusação de agressão um vídeo em seu canal do YouTube, em que aparece entrevistando a si mesmo e ironizando as notícias que saíram na mídia sobre sua vida.
Violência contra a mulher não é apenas física
Demonstra amor de forma exagerada
As demonstrações de amor de forma exagerada, com pedidos de casamento, noivado ou namoro muito prematuros são indícios de um relacionamento que pode vir a ser abusivo.
Se dedica 100% à relação
Sabe aquela pessoa que parou de jogar futebol com os amigos, parou de ir aos passeios e fica 100% do tempo com a namorada, observando tudo o que acontece com ela? Isso é outro indício de uma tentativa de controle e, portanto, de violência.
Faz uso de um falso moralismo
O sujeito fala para que você precisa respeitar a sua família, mas ele não fala com a mãe dele há 5 anos e nunca a tratou bem. É algo que não se encaixa muito bem.
Utiliza chantagens frequentes
Chantagens, muitas chantagens. Para que a mulher não termine, o homem usa aspectos e pessoas essenciais da vida dela e a chantageia. Inclusive, em certos casos, o agressor chega a inventar que está com uma doença grave ou até mesmo ameaça se matar.
Se vitimiza sempre
O homem sempre se coloca como vítima. Às vezes de antigas namoradas, em outros casos de familiares ou chefes mulheres. Todas causaram mal a ele. Ou seja, a raiva com que ele trata a companheira e o resto das pessoas é justificada como se fosse uma reação ao sofrimento que enfrentou ao longo da vida. No entanto, a mulher precisa prestar atenção, pois, após certo tempo, ela mesma será colocada como mais um algoz na vida do rapaz.
Desqualifica a mulher em público
A todo momento, ele tenta desqualificar a vítima em público e deslegitimar todos seus sentimentos, desde a dor, o sofrimento e até a alegria.
Por exemplo: a mulher chega toda feliz em casa porque será promovida no emprego, e ele responde: “Não tem nada a ver com talento, mas sim porque seu chefe está querendo te pegar”.
Além disso, o companheiro passa a minar todas as coisas que são básicas a ela: faz silêncios violentos, ameaça ficar sem falar com ela caso não siga um pedido seu, entre outros comportamentos.
Trai com frequência
Um aspecto que aparece frequentemente são as traições. O indivíduo tem o hábito de trair e colocar essas traições como culpa do outro: “Olha, eu te traí porque você ficou diferente comigo, porque você está muito fria”.
Um caso que acontece sempre é o homem ter brigado o dia todo com a mulher, aí chega à noite e quer ter relação sexual, mas ela nega. Então, ele a trai e ainda diz que fez isso porque ela não tem mais interesse e o jogou nos braços de outra mulher.
Campanha #ElaNãoPediu
Os números são impactantes: pesquisas mostram o crescimento de vítimas de feminicídio e agressões contra mulheres a cada ano no Brasil. De 2017 para 2018, por exemplo, a alta de feminicídios foi de 4%. Em 2017, mais de 221 mil mulheres procuraram delegacias de polícia para registrar agressões em decorrência de um problema social complexo, bastante conhecido, mas pouco debatido: a violência doméstica. Confira os detalhes da campanha organizada pela Catraca Livre aqui: