Silvio de Abreu afirma que escândalo com Zé Mayer foi plantado por feministas
"Já tinha uma coisa armada em cima disso”, disse o autor
Autor de novelas e atual supervisor de séries na HBO Max, Silvio de Abreu afirmou em entrevista à revista “Veja” que a demissão do ator José Mayer, devido a acusação de assédio sexual, foi um escândalo “plantado” por grupo feminista.
“Minha análise é que foi um escândalo muito mais plantado por grupos do que qualquer outra coisa”, disse.
Ao ser questionado sobre qual grupo se referia, ele respondeu categoricamente que eram “feministas”.
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“Foi tão bem organizado que a novela acabou na sexta-feira e no sábado as pessoas já estavam com camisetas onde se lia ‘Mexeu com uma, mexeu com todas’. Já tinha uma coisa armada em cima disso”, relatou.
“Zé Mayer foi um bode expiatório. Volto a dizer que não estou defendendo a atitude dele. Não sei o que aconteceu de verdade entre ele e a moça, só fiquei sabendo de coisas que ocorriam aqui e ali. Foi uma decisão da diretoria de afastá-lo definitivamente.”
“Se tivesse passado um tempo, as pessoas iriam refletir melhor. Mesmo tendo errado e sendo cafajeste, ele é um ator de belíssima carreira. A punição foi muito pesada”, opinou Silvio de Abreu.
Caso José Mayer
José Mayer foi acusado de ter assediado uma figurinista durante as gravações de “A Lei do Amor” (2016-17). O artista foi dispensado da Globo após 35 anos de contrato –documento este que durou até o fim de 2018.
“Depois de mais de 35 anos de uma trajetória iniciada na novela ‘Guerra dos Sexos’, em 1983, com participação em mais de 40 obras, entre novelas, séries, minisséries e especiais, a Globo e o ator José Mayer informam o fim da parceria, de comum acordo, no final de 2018”, dizia a nota da emissora.
Aos 69 anos de idade na época, Mayer foi afastado dos trabalhos em março de 2017, depois que a figurinista Susllen Tonani, da Globo, escreveu um relato em primeira pessoa para o blog “Agora é que são elas“, do jornal “Folha de S.Paulo”, acusando o ator de assédio sexual.
Após a repercussão do caso, outras funcionárias da emissora fizeram um protesto usando camisetas “mexeu com uma mexeu com todas” e a hashtag “chega de assédio”.
Dias depois do caso, José Mayer divulgou uma carta em que pedia desculpas para Susllen e todas as mulheres.
“Eu errei. Errei no que fiz, no que falei, e no que pensava. A atitude correta é pedir desculpas. Mas isso só não basta. É preciso um reconhecimento público que faço agora. Mesmo não tendo tido a intenção de ofender, agredir ou desrespeitar, admito que minhas brincadeiras de cunho machista ultrapassaram os limites do respeito com que devo tratar minhas colegas. Sou responsável pelo que faço”, disse.
O caso foi levado à polícia e em abril de 2017 foi encerrado, após Susllen ir até a defensoria pública e dizer que não gostaria de seguir com o procedimento criminal contra o ator.