Tatuagem do padre Fábio de Melo é ferroada no preconceito

Religioso fez 'pousar' uma abelha em sua mão para simbolizar um tempo bonito e condenou quem marginaliza a aparência de quem se tatua

A tatuagem do padre Fábio de Melo tem vários significados. A abelha de dois centímetros, feita por um amigo dele, adquire proporções muito maiores a partir da análise do próprio religioso. Entre elas, a da desmarginalização da prática de se tatuar.

A abelha da sorte “pousou” na mão do padre
Créditos: Reprodução
A abelha da sorte “pousou” na mão do padre

Em primeiro lugar, o bichinho simboliza “um tempo difícil, mas também bonito”, disse o padre em suas redes sociais.

“De reclusão, de vida interior, de buscas e realizações silenciosas”, definiu. “Será o meu sinal.”

Em uma demonstração de o quanto a marca significa para ele, o padre resolveu batizar a abelhinha com o nome de uma pessoa que lhe é muito especial: “Dei a ela o nome de Ana, o mesmo de minha mãe”, confidenciou.

Na verdade, é como se uma abelha tivesse pousado em sua sorte, segundo o que contou.

“Tudo começou com uma abelha que ficava pousando em mim, durante as lives das missas dominicais”, escreveu. “Quem vem acompanhando já me ouviu falando sobre elas.”

A tatuagem do padre Fábio de Melo também levanta voo contra o preconceito com a aparência.

Um seguidor do religioso agradeceu a ele pela divulgação da foto da abelha, por ela ser uma forma de “desmarginalizar a tatuagem”.

Padre Fábio de Melo ajuda a desmarginalizar tatuagem
Créditos: Reprodução
Padre Fábio de Melo ajuda a desmarginalizar tatuagem

Ao agradecimento, o padre fez uma revelação: “Oh, meu querido, também já estive do lado dos que marginalizam as aparências”, disse.

“Recordo-me que na Jornada Mundial da Juventude, na França, vi um padre todo tatuado. Abominei. Peço a Deus todo dia que nunca me permita reassumir os velhos erros”, complementou.

Às vezes, precisamos mesmo de uma “picada” para acordar para nossas falhas.

Por sinal, famosos mandaram mensagens quase melosas de apoio à iniciativa de Fábio de Melo.

Como Eliana, que escreveu: “Ahhh, padre, você é tão igual à gente… amo-te”.

“Aí que lindo!”, exclamou Grazi Massafera. “Que sensibilidade, que força e arte, lindos significados. E a você, padre, obrigada por existir, serumaninho gigante”, finalizou.

Como se percebe, gigante – em significados – ficou também a abelha na mão de Fábio.