Thammy Miranda critica manifestações contra aborto de menina estuprada

"É inacreditável. Uma falta de respeito, de humanidade, de amor. É absurdo", disse o influencer que recentemente sofreu ataques transfóbicos por ser pai

17/08/2020 23:32

O influencer Thammy Miranda, usou seu perfil no Instagram, nesta segunda-feira, 17, para manifestar seu repúdio aos protestos contra a realização do aborto legal pela menina, de 10 anos, estuprada pelo tio durante anos.

Thammy Miranda critica manifestações contra aborto de menina estuprada
Thammy Miranda critica manifestações contra aborto de menina estuprada - Reprodução/Instagram

“Tem gente que tem coragem de fazer manifestação para que essa criança indefesa, frágil, tenha o filho. É inacreditável. Uma falta de respeito, de humanidade, de amor. É absurdo. Ela já está passando por uma situação tão difícil”, disse Thammy Miranda sobre o caso da menina.

“A lei já é muito clara. Em situações como esta, (o aborto) é direito da vítima. Não é qualquer patota ideológica que deve dizer o que ela deve fazer. Tem que ter compaixão, solidariedade. É a vida de uma criança acometida por um crime brutal”, opinou Thammy Miranda.

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“Muitos desses que estavam lá são os mesmos que diziam por aí que eu não podia ser pai. Um estuprador pode, né? É muita incoerência. O preconceito cega as pessoas”, completou Thammy Miranda.

O influencer sofreu ataques transfóbicos nas redes sociais após a marca de cosméticos, Natura, o contratar para campanha de Dia dos Pais da empresa.

Como denunciar casos de abuso infantil e como orientar a criança

Casos como o desta menina de 10 anos, abusada pelo próprio tio, infelizmente não são raros no Brasil. O Disque 100 recebe milhares de denúncias por ano, mas sabemos que esses dados não estão nem perto da realidade, uma vez que ainda é difícil ter estatísticas que realmente abranjam o problema de forma real.

Isso se dá por inúmeros fatores como, por exemplo, pelo preconceito e pelo silêncio das vítimas (que às vezes não entendem o que está acontecendo com elas) e pela “vergonha” e falta de informação sobre o assunto de familiares.

Reconhecer os tipos de abusos e saber orientar as crianças é fundamental. Veja aqui como fazer isso.