‘Titanic’ retorna à Netflix dias depois de tragédia do submarino e gera revolta
Após repercussão negativa, fontes ligadas à Netflix tentaram explicar estreia do filme de 1997 logo agora
Poucos dias após cinco pessoas morrerem em um submarino que implodiu durante uma expedição aos destroços do Titanic, a Netflix anunciou o retorno do filme “Titanic” ao catálogo.
Com direção de James Cameron, o longa de Jack (Leonardo DiCaprio) e Rose (Kate Winslet) estreou em 1997 e acompanha o romance da dupla no transatlântico que afundou, em 1912, após atingir um iceberg.
O filme se tornou um marco do cinema mundial e agora está com data marcada para chegar à Netflix dos Estados Unidos e do Canadá: dia 1º de julho.
A novidade, no entanto, não agradou o público, que acusou a plataforma de aproveitar o episódio trágico do submersível Titan da OceanGate para “atrair assinantes”.
Críticas na internet
Não demorou muito e as redes sociais foram tomadas por internautas indignados com a plataforma de streaming, especialmente o Twitter.
“O diabo trabalha muito, mas a Netflix trabalha mais”, escreveu um usuário. Enquanto outra opinou: “Timing totalmente errado!”
“Nós realmente chegamos ao fundo”, lamentou outro. Um quarto internauta também não ficou contente com a ideia: “Mais uma vez querendo ganhar em cima do sofrimento alheio.”
“A Netflix está ultrapassando os limites da decência neste momento. Pessoas morreram em um trágico acidente no local do Titanic e agora capitalizar o momento para atrair espectadores é mais do que desagradável”, escreveu um quinto usuário, no Twitter.
https://twitter.com/BombayCat02/status/1673092414288846854?s=20
Desde a notícia do sumiço do submarino, as buscas pelo Titanic aumentaram. No Brasil, por exemplo, o documentário de James Cameron, “Fantasmas do Abismo”, de 2003, está há dias no top 10 dos mais assistidos da Netflix.
Na produção, o diretor investiga os escombros do Titanic junto a uma equipe especializada. Ainda nesta sexta-feira, 30, o documentário aparece em 5º lugar no ranking.
Fontes da Netflix se pronunciam
Depois da repercussão negativa, fontes da Netflix explicaram o que provavelmente estaria por trás da iniciativa de trazer “Titanic” para o catálogo.
Para a Variety, testemunhas do acordo de exibição do filme disseram que tudo não passa de uma “coincidência”. Isso porque os acordos de licenciamento demoram para sair.
Ou seja, segundo as fontes, como a estreia do filme no catálogo está marcada para 1º de julho, significa que o acordo de exibição aconteceu há alguns meses, antes mesmo do submarino desaparecer no Oceano Atlântico, em 18 de junho.