Veja o que acontece quando uma mulher se descreve como feminista em seu perfil no Tinder

Para alguns homens, a palavra “feminismo” arrepia todos os seus fios de cabelo, pois, infelizmente muitos acreditam se tratar de um movimento contra o sexo masculino. Para mostrar ao mundo como os homens reagem diante de uma mulher que se diz feminista, a americana Laura Nowak criou um perfil no aplicativo de encontros, Tinder, se descrevendo como tal.

Desde então a jovem tem recebido as mais diversas mensagens com teores machistas dos usuários da ferramenta. Como forma de protesto, Laura decidiu expor o que recebe criando um perfil no Instagram, o Feminist-Tinder, onde publica o print de suas conversas.

O perfil, que já possui mais de 25 mil seguidores, publicou mensagens como as que seguem abaixo – lembrando que tudo que Laura fez foi escrever que era feminista em seu Tinder, nada mais:

 
“Pessoas como você difamam as feministas de verdade. Eu não sei o que aconteceu em sua vida para fazer você odiar todos os homens, mas se você acha que está ajudando o progresso de seu gênero, tudo que está fazendo é regredir. Infelizmente, para fazer um verdadeiro progresso para a igualdade de gêneros, você vai precisar da ajuda dos homens, mas se você continuar a nos desprezar e difamar, isso será sempre apenas um sonho”.
 
– Por que você está no Tinder se você é feminista?
– Por que você está sugerindo que sexo casual e respeito pelas mulheres são incompatíveis?
 
– Você é virgem?
– Não é da sua conta.
– Você é tão má.
– Claro, estabelecer limites pessoais sobre discussões sexuais com estranhos na internet é ser má.

Em entrevista ao The Huffington Post Laura disse que queria saber como era navegar pelo Tinder como uma feminista. “Ouvimos o tempo todo que já ‘alcançamos a igualdade. Mas acho que a publicação dessas conversas prova que, pelo menos, no que se diz respeito a relacionamentos, não é bem assim”, afirmou.

“Acho que é importante falar sobre essas perspectivas sobre feminismo e salientar que há dois pesos e duas medidas misóginas que ainda estão ativos e intrincados em nossa cultura”, explicou.