William Bonner sobe o tom no ‘JN’ e destrói manifestações de Bolsonaro
Jornalista afirmou que o presidente da República "elevou a temperatura da crise institucional que ele mesmo criou e tem alimentado"
Na noite desta terça-feira, 7 de setembro, William Bonner subiu o tom durante o “Jornal Nacional”, principal telejornal da TV Globo, e fez uma análise contundente sobre as manifestações antidemocráticas convocadas por Jair Bolsonaro (sem partido).
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Na escalada do “Jornal Nacional”, já ficou claro que o telejornal teria uma postura mais agressiva contra os protestos de que Bolsonaro participou pelo Brasil. William Bonner e Ana Luiza Guimarães já começaram o programa com uma escalada promissora, anunciando o que seria apresentado ao telespectador naquela noite.
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“O desrespeito à democracia com as cores da nossa bandeira / Em diversas cidades brasileiras, bolsonaristas insuflados pelo presidente da República usam o verde e amarelos, mas atacam pilares da nossa Constituição / Faixas pedem intervenção militar e a destituição de ministros do Supremo / Em tom golpista, presidente discursa diante dos manifestantes em Brasília e São Paulo / Diz que respeita a Constituição, mas na mesma frase, volta a ameaçar o STF / Bolsonaro anuncia uma reunião do Conselho da República, que tem por atribuição se pronunciar sobre intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio, mas os poderes legislativo e judiciário dizem que não têm conhecimento da reunião / Bolsonaro afirma ainda que não vai mais cumprir decisões do ministro Alexandre de Moraes, e juristas veem crime de responsabilidade do presidente / O presidente da Câmara, Arthur Lira, não se pronuncia, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, diz que o que deve unir os brasileiros é a defesa do estado democrático de direito / E manifestantes contrários ao governo saem às ruas em defesa da Constituição, e pedem vacinas, alimentos e empregos / O Jornal Nacional está começando”.
Durante o “JN”, Bonner classificou o ato de Bolsonaro como golpista, e afirmou que ele piorou uma crise institucional criada pelo próprio presidente.
“O Brasil assistiu hoje a uma demonstração de desprezo pela Constituição, promovida e insuflada pelo presidente da República. Em diversas cidades, milhares de bolsonaristas participaram de atos com pautas que afrontam a democracia, como a intervenção militar e a destituição de ministros do STF
Em Brasília e em São Paulo, Bolsonaro discursou. Voltou a atacar governadores e prefeitos que tomaram medidas de combate à disseminação do coronavírus; voltou a atacar integrantes do STF; voltou a atacar o sistema eleitoral brasileiro. E, no Dia da Independência, Bolsonaro elevou a temperatura da crise institucional que ele mesmo criou e tem alimentado.”