Xuxa detona ministro da Educação que defendeu violência com crianças

"Já foi a época que em nome da educação e de Deus se corrigia alguém com violência", afirmou a apresentadora

12/07/2020 11:26

Xuxa Meneghel criticou o novo ministro da Educação, Milton Ribeiro, em publicação no Instagram, neste sábado, 11. A apresentadora compartilhou um vídeo do pastor defendendo uso de violência com crianças durante uma pregação na Igreja Presbiteriana Jardim de Oração há 4 anos atrás e viralizou após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nomeá-lo para a chefia do Ministério da Educação (MEC).

Xuxa detona ministro da Educação que defendeu violência com crianças
Xuxa detona ministro da Educação que defendeu violência com crianças - Reprodução/Instagram

“Quando eu penso que tá ruim … consegue ficar pior!!! Se educação tem a ver com rigor, com dor, as cadeias estariam cheias de gênios, alguém por favor me diga que eu entendi errado, que nós mães, mulheres, filhas, seres humanos, demoramos pra descobrir que para educar não se deve usar a dor e sim a EDUCAÇÃO, o EXEMPLO, a conversa, o AMOR!!!”, disse Xuxa

De acordo com o ministro da Educação, a “correção dos filhos não ocorrerá por meios justos e métodos suaves”. Para Milton Ribeiro, esse tipo de abordagem surtiria efeito apenas em  crianças mais desenvolvidas, ou superdotadas.

A apresentadora ainda ressaltou que “já foi a época que um ser humano pra ser ‘corrigido’ era colocado no tronco (vergonhoso), ajoelhado no milho, palmatória….já foi a época que em nome da educação e de Deus se corrigia alguém com violência”.

Para Xuxa, “uma criança que recebe castigos físicos só pode aprender que violência gera violência. Hoje eu estou com aquela sensação de que crianças que vieram ao mundo pra serem amadas estão sendo desrespeitadas. Deus é amor, se amar é respeitar, onde tem educação, amor e respeito nessas palavras???”, questionou.

Xuxa é contra o uso de violência para educar não é de hoje. Ela adquiriu notoriedade no tema chegando, em 2014, ir ao Sebado defender a aprovação da “Lei da Palmada”, que coíbe ações violentas sob o pretexto da educação.