Saiba como harmonizar saquê
O saquê é uma bebida tradicionalmente japonesa que faz sucesso no mundo inteiro. Você sabe harmonizá-la com os pratos? Para resolver esse problema, o Alexandre, da Adega de Sake, contou quais são as melhores combinações para valorizar tanto o sabor da bebida quanto da preparação. Ele selecionou três saquês que servem para as mais variadas ocasiões, e que você não pode deixar de ter na sua adega.
Hakkaisan Futsushu
Bem elegante e levemente seco, o saquê Hakkaisan é ótimo para harmonizar com peixes frescos e molhos com base de frutas e um toque de wasabi. Melhor degustado quando está a temperatura por volta de 10°C, essa bebida tem o teor alcoólico 15,4% e possui um aroma mais rico e encorpado.
Kyomaiko nama chozou
Há quem diga que esse é o saquê mais fácil de beber e de gostar. Isso porque ele tem um toque macio, já os grãos de arroz passaram por um amadurecimento e em temperaturas baixas, deixando o sabor mais forte. Porém, mesmo sendo complexo, ainda há um toque delicado de frutas e suave, harmonizando assim com carnes temperadas levemente, pratos mais adocicados e saladas.
Kikusui no karakuti
É o mais popular e servido na maioria dos restaurantes do Japão, esse saquê tem 14% de teor alcoólico e é uma bebida seca. Por ser pouco encorpado se adequa à diversas preparações, mas harmoniza bem com pratos salgados, carnes brancas e temperos fortes. Além disso, ele pode ser apreciado em diversas temperaturas sem perder as características principais, que é a suavidade à primeira vista e um tom seco final.
Feito a partir da fermentação do arroz, o saquê é uma bebida que tem o teor alcoólico entre 14% a 16%, e possui um toque mais delicado do que outras que vemos por aí. O ritual de se degustar um bom saquê também leva em conta a sua temperatura, que pode quente, fria ou ambiente. Uma curiosidade é que a cada um desses estados, ele se torna diferente, acrescentando características únicas de sabor e aroma.
Você já se perguntou a diferença entre um saquê seco e um doce?
Apesar de a gente acreditar que o fato de uma bebida ser seca corresponde ao tipo dela, não acontece o mesmo com o saquê. Na realidade, o seco está mais ligado à sensação que a pessoa sente ao experimentá-lo. A diferença dele com o doce é o tempo de fermentação da bebida.
Quando se coloca menos açúcar antes da fermentação, ele termina o processo mais rapidamente, o que dá ao paladar a sensação do saquê ser mais seco. Já com o doce, como foi adicionado mais açúcar para fermentar, a impressão que fica ao degustá-lo é de que ele é doce. Aproveitando essa dúvida, o Alexandre explicou que se pode utilizar as “regrinhas” da harmonização de vinhos (você pode ver mais neste post) para a bebida japonesa. Afinal, é o paladar humano que costuma dizer o que combina e não.
Há diversas categorias de saquês, as quais são criadas, principalmente, segundo o polimento do arroz. Também existem outros fatores considerados, como o fabricante, a região e até mesmo o produtor. Bebê-lo frio ou quente também influencia na qualidade e sabor dele. Há categorias de saquês que se você beber gelado, o aroma lembra frutas e é bem refrescante. Já se o apreciar aquecido, ele fica mais encorpado.
Mas não é só por aí que vão as coisas: os saquês, além de categoria, têm tipos. Apesar das categorias serem a sofisticação da bebida, o tipo pode valorizar bastante o sabor e o preço dela.
Para você saber ainda mais sobre o universo do saquê, o Alexandre vai explicar tudo no evento Kekanto de degustação e harmonização de saquês, no dia 11 de março, às 20h. O Sushi Guekko oferecerá os pratos e o espaço para a harmonização de saquês, garantidos pela Konbini Produtos Orientais e Zendai. Curtiu?