Ceará: escola revoluciona a hora do recreio com ajuda de crianças
Confusão, bullying, tempo mal utilizado e muitas brigas entre as crianças. Este é o cenário de muitos recreios de escolas pelo Brasil inteiro, e era também a realidade da escola pública EEF Alba Laranjeira de Albuquerque, em Pacajus, no Ceará. Até que as gestoras da instituição tiveram uma ideia: que tal envolver os alunos na resolução do problema? Foi assim que surgiu o projeto “Recreio Recreativo”, que rapidamente se tornou um caso de protagonismo infantil de sucesso.
Os estudantes, chamados para uma conversa com as gestoras, tiveram a ideia de criar uma dinâmica de monitoria, em que os alunos mais velhos criam atividades educativas e lúdicas para entreter os menores. Os monitores, batizados de “amigos do recreio” são estudantes voluntários que se responsabilizam por uma atividade específica, que vai desde organizar um jogo entre os pequenos até tomar conta do parque e da quadra. Teve ainda uma aluna que se ofereceu para contar histórias.
Além de desenvolver a noção de responsabilidade e participação ativa no ambiente em que estudam e passam a maior parte do tempo, o projeto estimula os vínculos afetivos entre as crianças, criando laços entre os alunos que vão muito além da sala de aula.
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Além disso, a ideia promove o convívio pacífico entre crianças de diferentes idades e canaliza a energia das crianças para ações em que elas têm um papel determinante e imprescindível. “Elas se machucavam com muita frequência, pois era o momento de soltar a energia fora da sala de aula”, relatou Maria Vanderléia Oliveira, coordenadora pedagógica da escola, em entrevista ao site Gestão Escolar.
Com aceitação dos pais e responsáveis, o sucesso do projeto foi tanto que, passadas as primeiras experiências de monitoria, o “Recreio Recreativo” precisou abrir um processo de seleção de novos voluntários para organizar o interesse dos alunos de participar e aproveitar o potencial de cada um em determinadas atividades.
O exemplo pode servir de inspiração para educadores que pensam em colocar em prática iniciativas de protagonismo infantil, e mostra como dar voz e um papel ativo para os pequenos pode trazer benefícios a curto e longo prazo.
*Com informações do site Gestão Escolar
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