Campanha contra bitucas de cigarro limpa ilha em Santa Catarina
Praia é lugar de tartaruga-verde. Ao menos na Ilha de Porto Belo, em Santa Catarina, um dos redutos dessa espécie no mundo. Se ela já está ameaçada de extinção, cabe aos frequentadores do lugar ao menos poupá-la do lixo que as pessoas costumam jogar na orla marinha – plásticos, latinhas e outros itens que matam os animais que vivem nos oceanos. Pensando nisso, a administração da ilha lançou uma campanha contra bitucas de cigarro descartadas onde não se deve.
Uma equipe de 13 agentes foi especialmente destacada para recolher os restos de cigarro das praias e das ruas da localidade, em um movimento batizado de Bitucas não são sementes.
A quantidade de bituqueiras – lugar apropriado para jogar fora esse tipo de resíduo – foi multiplicada por cinco em janeiro deste ano: de 4, passou para 20 na região.
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Mas parece que, ainda assim, muitos dos frequentadores dali não aprenderam ainda que bituca não é petisco para a fauna nem pode dar um “pé de cigarro”.
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Durante o primeiro mês de campanha, embora 6.928 dessas pontinhas tenham sido apanhadas das bituqueiras, outras 2.181 – totalizando 9.109 recolhidas – foram encontradas pelo chão.
Desde 2002, os gestores da ilha têm tomado várias medidas em prol da saúde do ambiente local. A primeira foi proibir a venda de bebidas em recipientes de vidro.
Em 2007, os restaurantes e bares da cidade pararam de vender cigarros e em 2016 os canudos plásticos foram vetados. As tartarugas-verdes, e não só elas, agradecem por essas iniciativas.
E a passo de tartaruga, mesmo, caminham os que ainda não entenderam a importância dessas ações para a proteção da natureza.
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Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, especialista em soluções sustentáveis.