Filé de frango é produzido sem sacrificar a ave
Se você não come carne por pena dos bichinhos que sacrificam suas vidas em prol dos banquetes dos humanos, talvez o futuro lhe conceda a chance de colocar alguma proteína animal no prato – e isso sem pedir a cabeça de nenhum bicho. Essa possibilidade surge graças a iniciativas como a da startup americana Memphis Meats, que tirou da cozinha – ou melhor, do laboratório – filé de frango e de pato produzidos a partir de amostras de células dessas espécies.
Não se trata de algum tipo de paliativo sintético ou sabor artificial para os fãs dessas comidas. O gosto da carne fabricada pela startup é de frango ou de pato mesmo.
Imersas em uma solução de nutrientes químicos, as células desses bichos se multiplicam e formam tecidos como os que compõem naturalmente o organismo dos espécimes que cacarejam e grasnam por aí.
- É creatina com desconto que você quer? Aproveite nossa seleção de produtos no Mercado Livre com até 46% OFF
- Vitamina B12: o elixir da vida que o corpo não produz sozinho e falta a muitos de nós
- Muita proteína e pouca gordura: esta carne pode ser encontrada no ‘precinho’ e é melhor que frango
- Não é só vegano que precisa suplementar B12; conheça os sinais de deficiência da vitamina que pode afetar qualquer um
Em um período de quatro a cinco meses, os filés saem do forno, segundo a Memphis – que, em 2016, já conseguiu fabricar almôndegas de carne bovina em laboratório.
Clique aqui e conheça o projeto As Melhores Soluções Sustentáveis
A empresa diz que, em seu processo de produção dos filés, escolhe células com elevado potencial de autorrenovação e que confiram às suas carnes os sabores, as texturas e os aromas desejados.
Mas satisfazer ao mesmo tempo a compaixão pelos animais e a vontade de comer carne de frango não vai sair barato. Meio quilo dessa iguaria da Memphis, nas condições atuais de produção, custa US$ 9.000 (R$ 29.612), preço que faria corarem até os restaurantes mais caros do planeta.
A expectativa da startup, no entanto, é que os valores de venda desses alimentos possam ser semelhantes aos dos tradicionais até 2021. Pode-se até dizer que, em alguns anos, os filés de laboratório vão virar “carne de vaca”.
Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, especialista em soluções sustentáveis.