12 fatos que aconteceram neste um ano pós-impeachment

Há um ano, o processo de impeachment contra a então presidente Dilma Rousseff era aprovado na Câmara

A ex-presidente Dilma Rousseff
Créditos: Roberto Stuckert Filho
A ex-presidente Dilma Rousseff

Hoje, um dos fatos mais importantes do século XXI na política nacional, que teve grande repercussão, está completando um ano.

Em 17 de abril de 2016, uma sessão da Câmara dos Deputados de mais de 6 horas resultou na aprovação do processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff, por 367 votos a favor e 137 contra, por crime de responsabilidade.

Dilma permaneceu no cargo até 4 de agosto, quando foi afastada por comissão do Senado. O impeachment foi aprovado permanentemente dias depois.

E muita coisa aconteceu no universo político desde aquele 17 de abril: o vice-presidente Michel Temer assumiu a Presidência, políticos foram presos, pessoas importantes desse universo morreram, outras assumiram os seus postos e muitos políticos continuam no noticiário nacional, pelos mais diferentes motivos.

A seguir, separamos 12 fatos que aconteceram na área política ao longo deste ano que passou. Relembre alguns dos mais importantes:

Maio 2016: novo presidente, novo ministério

Reunião de Temer com ministros
Créditos: Valter Campanato/Agência Brasil
Reunião de Temer com ministros

Sem mulheres, sem negros: o novo ministério do presidente empossado Michel Temer gerou polêmica pela falta de representatividade em maio do ano passado.

Além disso, o fim de pastas como a da Cultura e dos Direitos Humanos rendeu discussões sobre o que seria um retrocesso no cenário político nacional.

Junho 2016: Bolsonaro vira réu

O deputado federal Jair Bolsonaro

O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), um dos que votou a favor do impeachment na sessão da Câmara de 17 de abril, foi transformado em réu pelo STF, acusado de incitação ao estupro e injúria.

Ele disse para a deputada Maria do Rosário que não a estupraria “porque ela não merece”.

Julho 2016: deputado do confete cassado

Wladimir Costa (SD-PA) chamou a atenção quando votou pelo impeachment com uma bandeira de seu estado como “capa” e jogando confete.

O seu mandato foi cassado em julho pelo Tribunal Regional Eleitoral do estado, acusado de ter recebido dinheiro “oriundo de fontes não declaradas” durante a campanha eleitoral de 2014.

Agosto 2016: Dilma afastada definitivamente

Dilma Rousseff
Créditos: Marcello Casal Jr/Agência Brasi
Dilma Rousseff

Depois de se defender no Senado, a presidente foi definitivamente afastada do cargo em 31 de agosto, sob a alegação de que cometeu crime de responsabilidade com as pedaladas fiscais.

Entretanto, ela não foi punida com a inabilitação de funções públicas, podendo ocupar cargos eletivos, por exemplo.

Setembro 2016: Senado libera pedaladas fiscais

Senado

Dois dias depois do impeachment, o Senado aprovou uma lei que permite as pedaladas fiscais.

Outubro 2016: Eduardo Cunha é preso

Eduardo Cunha

Presidente da Câmara no momento do impeachment, Eduardo Cunha foi preso meses depois da aprovação do processo, acusado dos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão fraudulenta de divisas por propinas em um campo petrolífero da Petrobras na África.

Novembro 2016: Delação “do fim do mundo” a Odebrecht

Marcelo Odebrecht

Executivos da empreiteira fecharam acordo de delação premiada com a Justiça, colocando em pânico a classe política brasileira. O acordo também foi chamado de delação “do fim do mundo.

Dezembro 2016: Reformas trabalhista e da Previdência

O presidente Temer
Créditos: Valter Campanato/Agência Brasil
O presidente Temer

As discussões sobre a reforma da Previdência e a reforma trabalhista ganharam força no final do ano. Ambas influenciam diretamente na vida dos brasileiros e foram alvo de discussão e protestos.

Elas ainda estão em fase de aprovação no Congresso para entrar em vigor.

Janeiro 2017: morte de Teori Zavascki

Teori Zavascki

O ministro do STF Teori Zavascki morreu em um acidente aéreo no dia 19 de janeiro. Ele tinha 68 anos e era relator da Operação Lava Jato.

Fevereiro 2017: Suruba de Jucá

Romero Jucá (PMDB-RR)

O senador Romero Jucá, que ficou poucos dias como ministro do Planejamento após o vazamento de alguns diálogos, deu uma declaração inusitada sobre o foro privilegiado.

“Se acabar o foro, é para todo mundo. Suruba é suruba. Aí é todo mundo na suruba, não uma suruba selecionada”, disse na ocasião.

Março 2017: Alexandre de Moraes no STF

Alexandre de Moraes

Indicado para ficar no lugar de Teori Zavascki, o ex-ministro da Justiça de Temer foi confirmado pelo Senado para ser ministro do STF, mesmo com algumas polêmicas. 

Abril 2017: a lista de Fachin

Ministro Edson Fachin durante sessão plenária do STF
Créditos: José Cruz/Agência Brasil
Ministro Edson Fachin durante sessão plenária do STF

O ministro Edson Fachin, que pegou a relatoria da Operação Lava Jato, determinou a abertura de inquérito contra diversos nomes do alto escalão da política nacional, com base nas delações da Odebrecht.

Entre os 108 alvos da investigação, estão Aécio Neves, Aloysio Nunes e Bruno Araújo (PSDB), e também Romero Jucá (PMDB). Todos eles votaram a favor do impeachment contra Dilma Rousseff.

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